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A câmara de Lisboa decidiu fechar as portas do Castelo de São Jorge nesta segunda-feira. Por que não o fez mais cedo? Para o monumento servir "de apoio à dispersão de turistas".
O Castelo de São Jorge encontra-se encerrado, na sua totalidade, desde as 15.00 desta segunda-feira. Era o único equipamento cultural sob tutela da câmara de Lisboa que permanecia aberto, apesar de a autarquia ter decidido e anunciado há quase uma semana o encerramento temporário dos seus museus, galerias e bibliotecas municipais, teatros municipais (São Luiz, Lu.Ca e Teatro do Bairro Alto), do Padrão dos Descobrimentos e do Cinema São Jorge.
Vozes preocupadas com a propagação do coronavírus fizeram-se ouvir nas redes sociais e através de uma petição online, mas esta segunda-feira o município não só anunciou o fecho das portas da fortaleza alfacinha, como explica a demora.
Desde a semana passada que os espaços museológicos e interpretativos do Castelo de São Jorge se encontram encerrados, faltando apenas interditar a área ao ar livre do castelo. “Entendeu-se manter aberto a zona ao ar livre, como forma de apoio à dispersão de turistas pela cidade”, explica o município em comunicado, acrescentando que “até este fim de semana (e numa situação possivelmente única a nível nacional) mantinham-se na cidade de Lisboa dezenas de milhares de turistas para os quais não foi possível promover ou assegurar retorno antecipado aos seus países”.
No mesmo comunicado, a Câmara Municipal de Lisboa defende que manteve o acesso aos espaços ao ar livre do castelo como “medida de saúde pública”, que tinha por objectivo “assegurar a sua dispersão pelos diferentes espaços ao ar livre, evitando a sua concentração em menos locais e/ou como espaços fechados (como restaurantes, ou cafés, centros comerciais ou outros)”. Agora que há menos turistas a circular, trancas à porta.
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