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Construído há 23 anos, aquando da EXPO98, o conjunto de muretes que liga Santa Apolónia ao Braço de Prata ao longo da Avenida Infante D. Henrique está cada vez mais decadente. Mas no dia 15 de Maio, com a ajuda de 150 voluntários, estes 3276 blocos de cimento ganham uma nova vida. O evento de arte participativa ALFA BRAVO quer transformar o muro de 3,8km numa das maiores obras de arte pública de Portugal.
Os voluntários, que devem inscrever-se até ao dia 8 no site da iniciativa, vão ter direito a materiais de pintura para, entre as 09.00 e as 18.00, colorirem os blocos. Recebem ainda uma t-shirt, almoço, snacks e bebidas. A eles, juntam-se 30 pessoas em situação de sem-abrigo (a viverem debaixo do viaduto de Santa Apolónia), que serão remuneradas pelo seu trabalho neste dia.
Inspirado pelo movimento ondulatório estrutural do muro e lembrando a temática em torno dos oceanos da Expo, a iniciativa concebida pelo artista António Guimarães Ferreira e organizada pela State of the Art propõe uma cadência de cores repescadas do Código Internacional de Navegação Marítimo, criando uma régua cromática à escala urbana em todo o seu comprimento.
O projeto conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da DGArtes, das Juntas de Freguesia de Beato e de Marvila, e do NPISA (Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Lisboa). Uma das empresas privadas que viabilizaram o ALFA BRAVO foi a CIN: prevê-se que sejam usados mil litros de tinta no dia 15 de Maio.
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