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A que cheirava Lisboa em 1497? Tendo em conta que – concordam os investigadores – a primeira rede de esgotos só aconteceu no início do século XVI, a resposta a esta pergunta carece de umas quantas notas florais, maresia, citrinos e do aroma, certamente amadeirado, de um passado pseudo-heróico que levou navios portuguesas para mares já por outros navegados.
Pelo menos, foi esta a fórmula encontrada pela Leme, marca portuguesa criada em 2018, para recriar a atmosfera da manhã de 8 de Julho de 1497, quando Vasco da Gama e a sua frota zarparam de uma praia ali para os lados de Belém, com uma rota marítima para a Índia debaixo de olho.
"Queríamos que materializasse aquela saída, com o espírito lisboeta", começa por dizer Luís Pereira, fundador da marca e também proprietário da Antiga Barbearia de Bairro, durante a apresentação de Lisboa 1497, na manhã desta terça-feira. O frasco, objecto simples e desprovido de ornamentos, não podia contrastar com a pompa camoniana que inscreveu este episódio da história também no universo literário.
O líquido lá dentro, por sua vez, resulta de seis meses de trabalho. Foi Paula Gomes, perfumista e fundadora da I-Sensis Perfume Design, quem o formulou. Perante o desafiou de chegar a uma reconstituição olfactiva daquela manhã de Verão lisboeta, viu na tília (com floração em Junho e Julho) a nota perfeita para predominar numa fragrância fresca e floral.
Mas há outras: um trio de citrinos, que lhe confere frescura à primeira vista, o sal, a recordar o cenário desta epopeia, e um ramo de flores composto por frésias, rosas e flor de laranja, numa derradeira nota de romance e aventura.
A nova água-de-colónia unissexo da Leme está à venda n'A Vida Portuguesa (ao lado das sete lançadas anteriormente) e custa 44,90€ (100ml). Juntamente com Lisboa 1497, foram lançados sabonetes, disponíveis em dois tamanhos diferentes (4,90€-6,90€).
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+ Mãos na massa? Não, na filigrana. E é a Joalharia do Carmo quem convida