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Teatro Tivoli BBVA, Teatro Maria Vitória, Capitólio, Coliseu dos Recreios e Teatro Politeama emitiram um comunicado conjunto onde contestam a decisão da maioria do executivo camarário de aprovar uma proposta da vereação do partido Livre que, entre outras medidas, prevê o encerramento da Avenida da Liberdade aos domingos e feriados. Esta é uma “situação que afecta em muito o funcionamento de todos os equipamentos culturais”, segundo os signatários do documento.
Os responsáveis por estas salas defendem que “os domingos e feriados representam oportunidades privilegiadas para a deslocação a Lisboa de muitos espectadores provenientes de todo o país, frequentemente organizados em excursões, o que contribui decisivamente para a viabilidade económica destes equipamentos culturais e para a dinamização da economia local existente ao seu redor, com evidente destaque para o comércio, hotelaria e restauração.” Sublinham ainda que “muito do seu público habitual é composto por pessoas com mobilidade reduzida e por público idoso, que naturalmente será incapaz de percorrer a pé a distância necessária para chegar aos teatros.”
Outro problema identificado por estas salas de espectáculo é mais técnico. “A montagem e desmontagem de espectáculos, por razões económicas, tanto ao nível de custos como de encaixe na agenda das tournées dos artistas e companhias, realiza-se no próprio dia dos espectáculos, pelo que ‘in extremis’ as salas podem ser privadas de operarem em 66 dias por ano (soma dos domingos e feriados) o que significaria o seu encerramento por falta de viabilidade económica.”
Os representantes destas salas de espectáculo dizem ainda já ter transmitido o seu descontentamento ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, numa reunião conjunta realizada quarta-feira passada nos Paços do Concelho, e adiantam que irão pedir “audiências aos vereadores da oposição para manifestarem também as suas preocupações.” Esta sexta-feira, no final da apresentação da programação das Festas de Lisboa, Carlos Moedas revelou que irá solicitar uma consulta pública sobre esta medida aprovada em reunião de Câmara e ainda pedir estudos aos impactos económicos e ambientais que poderá gerar.
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