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Cinema Ideal exibe documentário sobre Woodstock com imagens inéditas

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
Director-adjunto, Time Out Portugal
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Nos 50 anos do icónico festival norte-americano, Lisboa vai poder ver a versão restaurada e alargada de Woodstock – 3 Dias de Paz, Música e Amor. A entrada é grátis.

Em 1969, a cidade de Bethel, estado de Nova Iorque, concentrou a contracultura americana num evento que ficou para a História: o festival de Woodstock, por onde passaram Jefferson Airplane, Janis Joplin, Joan Baez, Joe Cocker ou Jimi Hendrix (para nomear apenas artistas começados com a letra J). Quem não estava lá ia acompanhando nas notícias, mas só no ano seguinte, com Woodstock – 3 Dias de Paz, Música e Amor, é que perceberam a verdadeira dimensão daquele acontecimento. No dia 31, para assinalar os 50 anos do festival, o Cinema Ideal exibirá uma versão restaurada e aumentada do documentário.

A sessão está marcada para as 19.00 e é de entrada grátis – basta enviar um e-mail para festivalwoodstock50@gmail.com, indicando o nome completo e a quantidade de lugares pretendidos (os bilhetes estão, naturalmente, limitados à lotação da sala: 192 lugares).

Na nova versão do filme de Michael Wadleigh, o áudio foi remasterizado. O que é importante quando está e e música. No entanto, o documentário é um retrato completo daquele momento central para os hippies norte-americanos e para toda a geração que contestava o establishment e, em particular, a Guerra do Vietname. Não são apenas os concertos e o que aconteceu em palco que se vê em Woodstock – 3 Dias de Paz, Música e Amor. É a comunidade que ali se formou entre 15 e 18 de Agosto, formada por meio milhão de pessoas. O grande atractivo desta versão são os 27 minutos de imagens inéditas.

Originalmente, o documentário tinha 185 minutos e estreou-se em 1970. Os montagem é assinada por uma dupla bem conhecida – Martin Scorsese e Thelma Schoonmaker (O Touro Enraivecido, O Aviador, The Departed – Entre Inimigos) –, que aqui introduziu um elemento inovador: o splitscreen. “A partição da imagem em vários ecrãs simultâneos proporciona uma visão global e prismática dos eventos, colocando vários apontamentos em diálogo, em jeito de contraponto, comentário ou ironia, ao mesmo tempo que possibilita comprimir a narrativa, ao sobrepor ações e acontecimentos”, lê-se na nota de divulgação da sessão no Ideal.

Woodstock – 3 Dias de Paz, Música e Amor arrecadou o Óscar para o Melhor Documentário, ficando-se pela nomeação em mais duas estatuetas: Melhor Som e Melhor Montagem. Mas, apesar do sucesso, o filme só chegou a Portugal após a Revolução, em Junho de 1975. Volta agora ao grande ecrã por iniciativa da Warner Music, que está a assinalar o meio século do festival com um conjunto de lançamentos em CD e vinil: Woodstock 50 – Back To The Garden, compilação de actuações dos artistas que actuaram no festival; e as bandas sonoras, em vinil, do documentário: Woodstock: Music From The Original Soundtrack and More e Woodstock Two, e os novos Woodstock Three e Woodstock Four.

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