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‘Citadel: Honey Bunny’: “Somos indianos e gostamos de escrever para o nosso povo”

Os irmãos Russo encontraram homólogos além-fronteiras. ‘Citadel’ vê estrear o segundo spin-off, desta vez indiano, pelas mãos de outra dupla de produção.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Citadel: Honey Bunny
©Cortesia Amazon/Jignesh PanchalVarun Dhawan, em 'Citadel: Honey Bunny'
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Uma organização secreta mundial tem por missão proteger a humanidade de poderosos malfeitores. Chama-se Citadel, tem agentes espalhados por todo o planeta e fomos a ela apresentados em Abril do ano passado, à boleia da estreia da série Citadel, com o selo da AGBO, a produtora dos irmãos Russo responsável pelo filme Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo. Um título que, curiosamente, poderia servir de slogan para este universo de espionagem. Citadel: Honey Bunny tem estreia marcada para 7 de Novembro, no streaming da Prime Video e a Time Out falou com alguns dos intervenientes.

Menos de um mês após a estreia de Citadel: Diana, estreia Citadel: Honey Bunny, o spin-off indiano que tem uma ligação directa aos personagens da série original, em que acompanhamos os espiões Mason Kane (Richard Madden) e Nadia Sinh (Priyanka Chopra Jonas), vítimas de um golpe de uma outra organização secreta chamada Manticore, mas recheada a vilões. Ora, os personagens Honey (Samantha Ruth Prabhu) e Bunny (Varun Dhawan) são os pais de Nádia, numa história que recua à década de 1990 para dar a conhecer mais dois espiões Citadel. O contexto é totalmente diferente. Bunny é um duplo de cinema que recruta a aspirante a actriz Honey para um perigoso trabalho. Anos mais tarde, quando o perigo está à espreita, juntam forças para proteger a filha, ainda criança.

Citadel: Honey Bunny
©Cortesia Amazon/ Jignesh PanchalVarun Dhawan e Samantha Ruth Prabhu, em 'Citadel: Honey Bunny'

A ideia partiu da dupla de cineastas Raj & DK (Raj Nidimoru e Krishna D.K), uma espécie de irmãos Russo da Índia, mas sem laços de sangue. Fundadores da produtora D2R Films, criaram, por exemplo, a série The Family Man (Prime Video), outro thriller de espionagem com Samantha Ruth Prabhu no elenco, a protagonista desta Citadel. Samantha é uma estrela no seu país, tendo dedicado grande parte da sua carreira às produções indianas faladas nas línguas telugu e tamil, cinema que dá pelo nome de Tollywood e Kollywood, respectivamente.

"O recuo aos anos 1990 foi uma opção óbvia"

Em Citadel: Honey Bunny, Samantha abraçou Bollywood, onde a língua oficial é o hindi, tendo recebido aulas para se expressar melhor. À Time Out explica porquê. “[The Family Man] fez-me querer explorar papéis não convencionais e também me deixou com uma grande vontade de fazer mais. Honey é o maior desafio que enfrentei até agora”, adianta, descrevendo as duas facetas da sua personagem: “Há uma parte em que Honey é jovem, ingénua, vibrante, que sonha ser actriz e tem grandes aspirações; e há outro lado dela, que é mãe, sobrevivente, lutadora, protectora da filha, estóica e simplesmente uma mulher numa missão”.

Apesar da acção, lutas e tiroteios, DK diz que sempre pensaram nesta série como um drama emocional de personagens. “Isso é o cerne da história. Em grande medida, é uma história de mãe e filha, de pai e filha, é sobre a família”. O recuo aos anos 1990 foi uma opção óbvia, tendo em conta o enredo, mas o gatilho para este regresso ao passado foi mesmo o desejo dos criadores de “eliminar os excessos dos filmes de acção”. Para Raj, nos últimos anos “os filmes de acção têm sido futuristas, com alta tecnologia e uma série de coisas muito fixes. Por isso, por necessidade e por opção, pensámos: porque não tirar esses floreados do género de acção e torná-lo mais básico? E, para isso, era preciso voltar às origens.”

Sobre a identidade cultural de Citadel: Honey Bunny, a argumentista Sita Menon fala sobre o caldeirão cultural do principal cenário da produção: Mumbai. “Há uma forte cultura migrante, é um caldeirão numa grande cidade metropolitana. Portanto, há uma ligeira sensação de deslocamento. A esperança, a vontade de pertencer – porque os nossos personagens vêm de lares desfeitos ou tiveram passados traumáticos – é algo que explorámos na narrativa da história, porque somos indianos e gostamos de escrever para o nosso povo. Mas, no fundo, é uma história humana e algo com que qualquer pessoa se pode identificar, em qualquer parte do mundo”.

Prime Video. Estreia a 7 de Novembro

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