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Quer se trate das recentes tempestades em Espanha, Europa Central, Flórida ou Caraíbas, ou das ondas de calor intensas que assolaram a Grécia e Portugal este Verão, uma coisa é certa: o clima extremo tornou-se a nova norma.
O que queremos dizer com clima extremo? Pode incluir tudo, desde incêndios florestais e temperaturas elevadas a inundações repentinas, sendo tudo isto uma consequência directa das alterações climáticas provocadas pelo ser humano.
Este ano, só os incêndios florestais destruíram 370 mil hectares de floresta, e o Verão de 2024 foi o mais quente já registado, segundo a Agência Europeia do Ambiente, afectando cerca de dois milhões de pessoas.
É uma realidade preocupante para o estado do nosso planeta, a nossa querida vida selvagem e as nossas paisagens deslumbrantes – e isso vai ter um impacto na indústria de viagens (possivelmente mais cedo do que se previa).
O World Travel Market acaba de lançar o seu Relatório Global de Viagens, que revela que 29% dos viajantes evitaram visitar um destino no último ano devido ao mau tempo, sendo esse fenómeno particularmente acentuado entre a Geração Z: 43% das pessoas com idades entre os 18 e os 34 anos reconsideraram os seus planos de viagem. E isso se não foram forçados a fugir – há alguns meses, reportámos que o governo grego estava a oferecer viagens gratuitas fora da época alta aos viajantes que tiveram de ser retirados das suas férias em Rodes devido a incêndios florestais.
Para pôr em perspectiva o impacto que o clima extremo já está a ter, falemos de “dias ao ar livre”. O termo vem de um estudo do MIT e refere-se a dias em que actividades ao ar livre podem ser realizadas confortavelmente. O Relatório Global de Viagens destacou algumas estatísticas para medir o impacto das alterações climáticas até 2100: de acordo com o estudo, a Tailândia perderá 55 dias ao ar livre (quase oito semanas!), mas o Canadá ganhará 23.
E o que estamos a fazer em relação a isto? Dados da Tourism Economics indicam que apenas 53% dos viajantes afirmam tentar minimizar a pegada de carbono das suas viagens, mas plataformas como a Booking.com revelaram que 74% dos viajantes de 2023 queriam mais opções sustentáveis (embora o problema do “green-washing” muitas vezes gere incerteza entre os consumidores).
Sabemos que são notícias sombrias, mas há várias formas de garantir que fazemos mais bem do que mal ao planeta enquanto viajamos. Aqui está o nosso guia para ser um turista mais sustentável, além do nosso artigo sobre por que é necessário fazer mais para apoiar o “turismo consciente”.
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