Notícias

Climáximo pinta Castelo de São Jorge. EGEAC repudia “acto de vandalismo”

Elementos do colectivo pintaram parte da fachada do Castelo de São Jorge. O assunto está agora entregue às autoridades policiais.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Climáximo
ClimáximoParte da fachada do Castelo de São Jorge foi pintada pelo Climáximo
Publicidade

Parte da fachada do Castelo de São Jorge foi pintada com tinta vermelha por elementos do Climáximo, esta sexta-feira de manhã, 27 de Setembro. Num comunicado, o colectivo ambientalista acusa governos e empresas de serem “incendiários” e condenarem as pessoas “à morte e à miséria”, por continuarem atrás dos lucros a partir dos combustíveis fósseis, em referência aos trágicos incêndios que devastaram o Norte e Centro do país há cerca de duas semanas.

“Os governos e empresas incendiárias que sabem há décadas que estão a levar-nos para o colapso, mas que decidem manter os seus lucros com a queima de combustíveis fósseis, condenando pessoas aqui e em todo o lado à morte e à miséria. Nada disto é normal, tal como nada disto é inevitável. Temos de pará-los”, afirma a bióloga e activista Sara Gaspar, citada na mesma nota. “Os castelos são algo que todas as pessoas querem preservar, mas de que servem monumentos históricos, se permitirmos que a humanidade passe à história?”

Além de ter pintado a fachada do Castelo, o grupo também lançou uma faixa onde se lia “23 Novembro, parar enquanto podemos”, para convocar uma acção de “resistência climática em massa” para essa data, às 15.00, da Praça Paiva Couceiro à Praça do Chile. A 23 de Novembro, recorde-se, serão fechadas as discussões da COP29, a Conferência das Nações Unidas pelo Clima. Ainda antes, a 5 de Outubro, o colectivo irá realizar uma “acção Parar Enquanto Podemos”, às 15.00, na Praça José Fontana.

“A EGEAC/Lisboa Cultura lamenta e repudia o acto de vandalismo ocorrido esta manhã”, lê-se em nota à imprensa, que destaca ainda o facto do Castelo de São Jorge ser “um Monumento Nacional, património classificado e único da cidade e do país”. “O assunto está entregue às autoridades policiais competentes para o desenvolvimento do procedimento criminal.”

Siga o canal da Time Out Lisboa no Whatsapp

+ Em Portugal, o ruído já foi proibido por decreto, mas “nunca foi levado a sério”

Últimas notícias

    Publicidade