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O Avenew abre oficialmente esta quarta-feira perto do Marquês de Pombal e quer dar mais ritmo à noite de Lisboa, com músicos convidados às quartas e aos sábados. Fomos conhecer o bar onde se ouve música – mas também se pode conversar.
Blues, jazz e bossa nova. O Avenew, bar de quatro sócios cariocas a viver em Lisboa, quer dar outra banda sonora à noite alfacinha, na qual o conceito de música ao vivo parece coisa do antigamente. “Música ao vivo de qualidade e música ambiente de qualidade”, reforça Celso Neto, de 58 anos, advogado e um dos sócios, em Portugal desde 2016. “Investimos bastante no equipamento de som.”
Na Avenida Joaquim António de Aguiar, perto do Marquês de Pombal, o Avenew ocupou os dois andares de um restaurante de que poucos ouviram falar, o Glup Glup, e transformou-o num bar com um pequeno palco e um piano no andar de cima.
“Ali era a cozinha”, diz Celso, a apontar para o espaço onde agora está uma mesa e um sofá. Tanto o palco como os balcões do bar, em madeira, foram construídos pelos sócios do Avenew, que inicialmente estava previsto para abrir num espaço nas Avenidas Novas – o negócio acabou por não acontecer. “Mantivemos o nome”, explica Celso. E com razão. Afinal estamos numa avenida.
Com os outros sócios, sempre quis abrir “alguma coisa no Rio”. Acabou por acontecer em Lisboa, “uma casa de música com bar que a gente gostaria de frequentar”. A música ao vivo vai acontecer às quartas-feiras e aos sábados, pelo menos nos primeiros tempos e até perceberem se é viável um concerto todos os dias. Antes da inauguração oficial, marcada para esta quarta, a partir das 19.00, o bar esteve em soft opening com um cheirinho do que se vai passar regularmente.
Houve actuações da cantora brasileira Cyz, que já trabalhou com Zeca Baleiro e Gilberto Gil, e também houve jazz do trio de Jow Ferreira e um duo de piano e voz com Susana Travassos e Ariel Rodriguez. Nos próximos tempos, aparecerão mais artistas, nacionais e brasileiros, mas sempre dentro da onda do jazz e da bossa nova.
A ideia, diz Celso, é que o bar seja um espaço confortável para ouvir música e conversar. “Não aquela coisa do Hot Club que parece uma igreja, não se pode espirrar”, diz Celso. Os músicos é que têm de “lutar” pelo silêncio.
O bar, a funcionar em modo after-work e até às duas da manhã, vai apostar em comida “para picar” e numa boa carta de vinhos nacionais. Além dos cocktails clássicos, o bar terá nove cocktails de autor criados por Kiko Pericoli, do Double 9.
Avenida Joaquim António de Aguiar, 45A (Marquês de Pombal). Ter-Dom 19.00-02.00.