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A maioria dos fregueses que participou na iniciativa da junta quer ver criada a zona 045 da EMEL, numa área que se estende da Avenida do Colégio Militar ao Centro Comercial Fonte Nova.
A EMEL é bem-vinda a Benfica. Pelo menos a julgar pelo resultado da consulta popular levada a cabo pela Junta de Freguesia no final da semana passada. A iniciativa da autarca Inês Drummond (PS) mobilizou 412 votantes, entre sexta-feira e sábado, encerrando com um total de 318 votos (77%) a favor e 94 contra.
Em causa estava a entrada da EMEL no eixo Colégio Militar/Fonte Nova. A zona 045 abrange as ruas Barroso Lopes, Rua Paulo Renato, Rua Dr. João Couto, Rua Julião Quintinha e partes da Avenida do Colégio Militar, da Estrada de Benfica e Rua Joaquim Paço de Arcos.
Numa resposta enviada por escrito à Time Out, Inês Drummond considera que "há um consenso alargado entre os moradores desta zona 45", desvalorizando as observações feitas pela provedora de Justiça acerca da legitimidade da consulta. A Provedoria alertou para uma situação semelhante ocorrida em 2016, na altura em Campolide, e recomendou que não fosse dado valor jurídico ao acto, por incumprimento de preceitos legais. Contudo, a autarca reiterou tratar-se de uma "consulta informal, uma auscultação aos moradores" para que a junta pudesse tomar uma posição e desenvolver conversações com a EMEL.
A presidente da junta diz ainda que o próximo passo será "iniciar um diálogo com a EMEL no sentido de aferir quando será possível a regulação do estacionamento nas ruas abrangidas pela zona 45". E justifica a consulta com o facto de "a junta entender que há uma grande pressão de estacionamento e de procura de estacionamento, e que isto já está a comprometer a qualidade de vida dos moradores."