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A Underdogs junta-se à Everything is New para apresentar “Urban(R)Evolution”, uma exposição-viagem pelo movimento da arte urbana, que reúne debaixo do mesmo tecto 18 nomes nacionais e internacionais, sob a curadoria de Pauline Foessel e Pedro Alonzo. A inauguração está marcada para 21 de Junho, na Cordoaria Nacional, onde as intervenções originais – algumas criadas in situ – vão ficar expostas até 3 de Dezembro.
“A cultura tem de ser cada vez mais independente do poder político. Para isso, tem de se começar a tornar auto-sustentável e só se tornará auto-sustentável se formarmos públicos – isso é fundamental”, afirma Álvaro Covões, da Everything is New,. “Este projecto é absolutamente extraordinário porque demonstra de facto que a cultura pode ser independente da política”, acrescentou o empresário, chamando a atenção para o facto da arte urbana ser um exemplo de “liberdade absoluta” e um movimento que, “sem critério de selecção”, convida artistas de todas as proveniências a expressar-se no espaço público. “A arte urbana democratizou a cultura.”
O sueco-francês André Saraiva, o argentino-espanhol Felipe Pantone, o porto-riquenho Lee Quiñones, os norte-americanos Barry McGee, Futura, Jason Revok, Maya Hayuk, Shepard Fairey e Swoon, e os portugueses ±MaisMenos±, Add Fuel, AkaCorleone, Nuno Viegas, Obey SKTR, Tamara Alves, Vhils e Wasted Rita formam o lineup “de luxo” desta exposição, que também conta com o contributo da conceituada fotojornalista Martha Cooper. É, aliás, através da sua perspectiva aguçada que teremos oportunidade de acompanhar a evolução da cultura e, em particular, da arte urbana, desde o início, em Nova Iorque, nos anos 70. “Pedro Alonzo está neste momento em Nova Iorque, precisamente porque foi visitar a Marta e os seus arquivos, para escolher fotografias relevantes para a exposição”, revela Pauline Foessel.
Dividindo-se em vários núcleos intervencionados pessoalmente por cada um dos artistas durante o processo de montagem, “Urban(R)Evolution” vai apresentar diferentes espaços imersivos, que reflectem os diversos estilos e técnicas que evoluíram desde a génese da arte urbana até ao presente. “Há vontade de mostrar que os artistas que começaram na rua podem ultrapassar os limites do seu trabalho graças a um espaço de exposição [como o da Cordoaria Nacional]”, acrescenta Pauline, que crê que a arte urbana é “um movimento imperdível, que vai ficar na História da arte”.
Já à venda nos locais habituais, os bilhetes custam entre 6€ (crianças dos 4 aos 15 anos) e 13€ (adultos), de segunda a sexta-feira, e 7€ e 15€, respectivamente, aos fins-de-semana e feriados. Há ainda bilhetes para famílias e descontos para estudantes, séniores e pessoas com mobilidade condicionada. “Todos nós sabemos que os nossos hábitos culturais são dos mais baixos da Europa e é importante criar experiências capazes de envolver as pessoas e as famílias”, diz Álvaro Covões.
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