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Corpo irrealista? A nova Lara Croft é uma mulher a sério

‘Tomb Raider: The Legend of Lara Croft’, a nova animação da Netflix, apresenta Lara Croft com uma fisionomia mais realista, uma evolução que já tinha vindo a ser feita nos videojogos.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Tomb Raider: The Legend of Lara Croft
©NetflixTomb Raider: The Legend of Lara Croft
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Quem pegou nos comandos para conduzir Lara Croft pelos cenários dos videojogos dos anos 1990 tem ainda vivas as primeiras imagens da arqueologista britânica. Franzina, de cinta bastante estreita, com um peito avantajado e com músculos invisíveis, a estrela da franquia de videojogos Tomb Raider não se aguentaria perante um sopro de vento, se a física entrasse para estas contas.

No mundo real, seria praticamente uma impossibilidade ter uma heroína com estas características físicas que conseguisse superar os desafios colocados no seu caminho. Ou andar, pura e simplesmente. No entanto, o desenho da personagem foi sofrendo uma evolução ao longo das décadas e a última versão, bastante mais realista, é a série de animação Tomb Raider: The Legend of Lara Croft, que estreou esta quinta-feira, 10 de Outubro, na Netflix. E há quem aplauda a nova Lara Croft.

Tomb Raider: The Legend of Lara Croft
©NetflixTomb Raider: The Legend of Lara Croft

"Essencialmente, ela já não parece alguém que seria derrubada por uma rajada de vento. Faz parte de uma reinterpretação que se assemelha a um grande acto feminista – algo que muitos críticos têm vindo a exigir desde a sua primeira aparição em 1996", escreve a jornalista Kayleigh Dray, num artigo publicado no britânico The Guardian, intitulado “Adeus mamas de desenho animado, olá manchas de suor: a reinvenção feminista de Tomb Raider”.

Confirmamos, mas não foi de um momento para o outro que a fisionomia de Lara Croft se transformou. A nova série de animação sucede à trilogia de videojogos Tomb Raider Survivor (2013-2018), em que a arqueóloga aventureira em quase nada se parece com a original, que relembramos na imagem abaixo.

Tomb Raider
©DRTomb Raider (1996)

Contextualizando, a marca Tomb Raider já passou por várias mãos. Foi criada pela Core Design, depois passou para as mãos da Crystal Dynamics e depois para as da Square Enix, responsável pela trilogia Survivor, empresa entretanto adquirida pelo Embracer Group. Os jogos que a compõem são Tomb Raider (2013), Rise of the Tomb Raider (2016) e Shadow of the Tomb Raider (2018). Eis o aspecto do primeiro jogo dessa trilogia:

Tomb Raider
©DRTomb Raider (2013)

O enredo da série de animação Tomb Raider: The Legend of Lara Croft continua imediatamente após os eventos da trilogia Survivor e começa com Lara (cuja voz pertence à actriz Hayley Atwell) a abandonar os seus amigos para embarcar em perigosas aventuras. No entanto, é forçada a regressar a casa quando um perigoso e poderoso artefacto chinês é roubado da Mansão Croft.

A criadora é a argumentista Tasha Huo (The Witcher: Blood Origin), uma confessa fã de Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida, que decidiu situar a acção da série numa fase ainda desconhecida para os fãs. À Tudum – a plataforma de conteúdos da Netflix – diz que esta animação serve como um elo de ligação entre a Lara Croft da série Survivor e a "estrela de acção e aventura ao estilo de uma super-heroína" dos jogos originais e dos filmes com Angelina Jolie, de 2001 e 2003. Relembramos que em 2018 foi Alicia Vikander a assumir o papel na última longa-metragem.

Netflix. Estreou a 10 de Outubro

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