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Clermont-Ferrand é o mais importante festival de curtas-metragens do mundo e este sábado, dia em que terminou a sua 46.ª edição, distinguiu um filme português com o prémio de Melhor Filme Europeu. Trata-se de 2720, do realizador luso-suíço Basil da Cunha.
A primeira consequência é que 2720 se qualifica de imediato para os Prémios do Cinema Europeu, que a Academia Europeia de Cinema vai entregar em Dezembro em Lucerna, ou seja, precisamente na Suíça, país onde nasceu Basil da Cunha, de origem portuguesa.
2720 é o código postal da Amadora, onde a história se desenrola ao longo de pouco mais de 20 minutos. “Um bairro clandestino na Reboleira acorda com a notícia de uma violenta rusga policial, que aconteceu na noite anterior”, situa a sinopse publicada pela Agência da Curta-Metragem. É nesse contexto que ficamos a conhecer Camila, uma menina de sete anos à procura do irmão, e Jysone, um ex-presidiário que finalmente encontrou trabalho, ao qual tenta chegar a horas para não ser despedido. “O destino dos nossos dois protagonistas vai acabar por se cruzar da pior forma possível”, lê-se ainda.
Embora tecnicamente seja uma co-produção entre Portugal e Suíça, esta curta foi comissariada pelo Batalha Centro de Cinema, no Porto, que a co-produziu com a Arquipélago Filmes de Edgar Medina. 2720 já passou por muitos outros festivais, tendo arrecadado alguns prémios – na Alemanha, na Suíça e em Portugal, no Curtas Vila do Conde.
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