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O trabalho de capa da primeira edição premium da Time Out Lisboa, que saiu em Maio, saltou da revista para as paredes do Centro Cultural de Cabo Verde, numa exposição que dá vida aos roteiros traçados por Yolanda Tati, Dino D’Santiago, Lolo Arziki, Naky Gaglo e Ricardo Maneira. Este último, DJ e dono do bar A Viagem das Horas, é o protagonista da Lisboa Negra na próxima Time Out Lisboa, que passará a tratar este tema como rubrica fixa nas edições premium.
São estes cinco protagonistas que dão a merecida visibilidade a negócios geridos por pessoas negras em Lisboa: restaurantes, lojas, galerias, cabeleireiros, barbeiros...
Há uma Lisboa a acontecer pelas mãos de pessoas negras que toda a gente devia conhecer. A referência à cor da pele não é por acaso: a cor não é nada, mas ainda é tudo. O racismo impôs-lhes um lugar à margem, impedindo-os de terem o destaque que merecem. É preciso não ter medo e assumir a realidade como ela é. Mas não há como negar: Lisboa é crioula. E chegou a altura de desvendar alguns dos seus tesouros, negócios locais feitos por gente que põe a sua comunidade (e a cidade) a mexer.
A exposição, que se manterá no Centro Cultural de Cabo Verde durante dois meses, dividir-se-á por cinco núcleos, um para cada um dos protagonistas que serviram de guias à Time Out nesta “cidade invisível”.
Durante este tempo, será ainda possível ficar a conhecer alguns destes projectos de perto, como é o caso da Bazofo de Vítor Sanches, que fez capa da revista. Vítor estará na Rua de São Bento com uma pop-up da sua marca, onde será possível conhecer de perto o seu trabalho, bem como comprar algumas das t-shirts que dão força à marca, feitas por costureiras da Cova da Moura.
Centro Cultural de Cabo Verde. Rua de São Bento, 640. Segunda-feira a sexta, entre as 10.00 e as 17.00. A entrada é livre.
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