[title]
Já levamos um mês de Outono, mas não se nota. Os termómetros batem nos 25 graus, o sol brilha desimpedido, os festivais de Verão somam nomes aos cartazes. Aliás, um nome: Da Weasel. A histórica banda almadense, reunida desde 2019, é a primeira confirmação para O Sol da Caparica do próximo ano. E para Vilar de Mouros.
A décima edição do festival, que privilegia a música lusófona, está marcada para 14 a 17 de Agosto do próximo ano, no Parque Urbano da Costa da Caparica. E os pioneiros almadenses são os cabeças de cartaz do penúltimo dia, 16 de Agosto, um sábado.
Para André Sardet, o director artístico de O Sol da Caparica, “fez todo o sentido que a primeira confirmação fosse Da Weasel, uma banda com raízes profundas em Almada e que é acarinhada por fãs de várias gerações”. Em comunicado, o organizador refere ainda que está “a trabalhar num cartaz que vá ao encontro das expectativas dos diferentes públicos”. E há poucos nomes tão transversais e apelativos como este.
Um fenómeno que atravessa gerações
Os Da Weasel juntaram-se em Almada, em 1993, vindos de diferentes projectos e grupos – de punk-hardcore, de funk, de death metal, de música industrial. Passado um ano, tinham cá fora o primeiro EP, More than 30 Motherf***s, ainda em inglês, combinando géneros e influências díspares, incluindo rap e rock. Escutavam-se ecos dos Public Enemy, dos Faith No More, dos Rage Against The Machine, dos Body Count.
O primeiro registo de longa duração, Dou-lhe Com A Alma, chegou em 1995, já em português, com o rock a perder terreno para o hip-hop. Mas só passados dois anos, no 3º Capítulo, lançado pela EMI-Valentim De Carvalho em 1997, e particularmente em canções como “Duía” (com o então recém-chegado Virgul em primeiro plano) ou “Todagente”, é que reconhecemos a banda em que os Da Weasel viriam a tornar-se.
A partir daí, foi sempre a subir. Iniciação A Uma Vida Banal – O Manual (1999) é um clássico do hip-hop português; Podes Fugir Mas Não Te Podes Esconder, gravado com Mário Barreiros em 2001, reaproxima-se do nu-metal do primeiro EP; Re-Definições (2004) é o disco da consagração pop; a Amor, Escárnio e Maldizer (2007) segue-se a estreia em nome próprio no Pavilhão Atlântico. Pouco depois, em 2010, separam-se.
Ao longo da década de 2010, o mito e as saudades continuaram a crescer. Até que, em Julho de 2019, Álvaro Covões anunciou que os almadenses iam reunir-se num concerto único, em 2020, no NOS Alive. A pandemia adiou este regresso durante um par de anos, porém, em 2022, os Da Weasel reencontraram-se finalmente em palco. “Com um à vontade e um querer diferente do que teria acontecido se não tivéssemos parado”, nas palavras de Carlão. Para a Time Out, foi o melhor concerto desse ano.
Desde então, nunca mais se separaram. À presença no NOS Alive seguiu-se, passado um ano, a 14 de Julho de 2023, uma actuação no MEO Marés Vivas. Deram mais uns poucos concertos este Verão, incluindo no Sudoeste, onde tinham tocado várias vezes no passado. E para o ano vão estar n’O Sol da Caparica, a 16 de Agosto, e no CA Vilar de Mouros, que se realiza uma semana depois, entre os dias 21 e 23. Pelo menos.
O Sol da Caparica. Parque Urbano da Costa da Caparica. 14-17 Ago (Qui-Dom). 23€-68€
📯Não adianta chorar sobre leite derramado. Subscreva a newsletter
⚡️Prefere receber as novidades sem filtros? Siga-nos no Instagram