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No Verão, a Lx Factory ganhou um novo inquilino. O espaço é grande, o ambiente descontraído e a comida é inspirada na gastronomia libanesa. Aliás, o nome do restaurante – Barouk – alude a uma vila em Chouf, no Líbano, onde existe uma reserva natural de cedros. Na carta, destacam-se os clássicos como o húmus, o rakakat e a manakish. Os fins-de-semana são preenchidos com música.
Há cerca de oito anos, Luís Roquette abriu o Mex Factory no complexo industrial de Alcântara. O restaurante mexicano tem tacos, tortilhas e até um ringue de luta livre no meio da sala. É, actualmente, um dos residentes mais antigos da Lx Factory, mantendo-se resistente a todas as mudanças. O Barouk abriu mesmo na porta ao lado.
Porquê um restaurante libanês? Há várias razões. “Estando no Lx Factory e sendo um centro comercial ao ar livre, não podemos repetir conceitos. Não podia haver mais um italiano ou mais um português”, começa por dizer Luís Roquette, ao telefone com a Time Out. Por outro lado, a vontade de se aventurar na cozinha do Médio Oriente está ligada também aos vários “casos de sucesso” na cidade. “O Farès é um restaurante que adoramos e em que nos inspirámos muito. O Sumaya é mais tradicional, é pouco sexy e democrático, mas há lá pratos e ideias que também gostamos. Achámos sem grandes certezas, porque certezas são pizzarias e sushi, que queríamos arriscar.”
A cozinha é comandada por Fábio Rodrigues que, durante um mês, esteve em formação com o chef libanês Joseph Youssef. Em conjunto com Alexandre Sarmento e Tomás Pires, do projecto de consultoria The Good Collective, Joseph ficou encarregue de criar a carta. Assente em clássicos libaneses, o conceito é descomplicado e pensado para partilhar. Os produtos vêm do Líbano, à exceção de certos ingredientes, como o azeite, por exemplo, que é de origem portuguesa.
Para começar, há um pão pita insuflado (4,50€), acompanhado de um labneh de alho e ervas, muhammara, azeite com melaço de romã, e ainda uma tesoura para o cortar. Nas entradas, os rolos de queijo frito com mel e sementes de sésamo, ou rakakat (6,50€), são o prato “vencedor”. Segundo Luís, não há quem lhes aponte defeitos, aliás “é o que as pessoas recomendam”. Mas destacam-se ainda a baba ganoush com pão pita (8€), o falafel de grão de bico com molho de sésamo e limão (8€), e o húmus (8,50€) que, também acompanhado de pão pita, distingue-se pelo facto de ter diferentes texturas.
A manakish, conhecida como pizza libanesa, tem três variedades à escolha: tomate assado, queijo, manjericão e sumac (9€); tomate assado, queijo de cabra, beringela assada, azeitonas, za’atar e ervas (9,50€); e kofta de novilho, tomate assado, labneh, rúcula, hortelã, za’atar e azeite (10,50€). Este tipo de pratos chega-nos no sentido de democratizar o serviço da restauração – “Queremos e somos comerciais porque queremos e temos que agradar as pessoas. É a única forma de se vingar porque a restauração não é fácil”, afirma.
No resto da carta, encontramos as pitas, vegetariana (12€), de frango (13,50€), novilho (14€) e borrego (15€), e as espetadas. Estas tanto são de frango (14,50€), novilho (14,50€), ou halloumi (14€), com wedges de batata, mix de alfaces, queijo feta e romã. Para terminar, as sobremesas incluem o mafroukeh (6€), tiramisu libanês que leva pistáchio crocante, a baklava tradicional (6€), com gelado de nata, e o bolo cremoso de chocolate (6,50€), que vem quente e traz no topo gelado de nata, caramelo de tahini e pó de za’atar.
No que toca às bebidas, juntam-se aos cocktails clássicos as especialidades do Barouk. O tripoli espresso (9€) leva rum, arak de coco e café espresso; o spicy jounieh (8,50€), gin libanês, coentros e malagueta vermelha; o Barouk drop (8,50€), vodka de limão e canela, arak e camomila; o beirut cosmo (8,50€), vodka e arak de frutos vermelhos; e finalmente o balbeque mule (9€), com vodka, tomilho e espuma de gengibre.
Tal como a decoração e a carta, o ambiente procura ser descontraído e, por isso, um dos pontos altos da semana são os chamados “jantares animados”, de quinta-feira a domingo, que contam com música ao vivo. Os DJs costumam ser amigos, ou conhecidos, e sempre locais. É o caso do brasileiro Godi Osegueda que, no primeiro piso da Lx Factory, abriu as portas da Bones Records, onde vende discos.
Rua Rodrigues de Faria 103 (Alcântara). 96 786 0284. Dom-Qui 12.00-00.00, Sex-Sáb 12.00-01.00
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