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Segunda-feira, 11 de Novembro, não é só mais um ensolarado São Martinho lisboeta. Ali para os lados do Parque das Nações, arranca a nona edição da Web Summit em Lisboa, evento tecnológico – com sérias pretensões a palestra motivacional – que reúne milhares de cérebros vindos de todas as partes do mundo. No total, o evento espera cerca de 70 mil participantes oriundos de 160 países, o que não deixa muitas nações de fora do evento.
Até quinta-feira, circulam entre a FIL e a Meo Arena, trocam impressões, contactos (e, quem sabe, mais tarde, fluidos). O palco principal volta a estar montado na maior sala de espectáculos do país e é por lá que passam os nomes de peso confirmados para esta edição, dos políticos de topo às celebridades de escala planetária. Do outro lado do recinto, as startups mostram do que são capazes. Este ano, a Web Summit junta um número recorde de empresas em início de vida – são cerca de 3000 startups (e dessas, à volta de 300 são portuguesas) e tocam áreas tão diferentes como a saúde e o bem-estar, viagens, publicidade, segurança e produção de alimentos. Pelo meio, muita inteligência artificial, que é inclusive um dos temas quentes desta edição da cimeira tecnológica.
Os bilhetes para entrar e assistir aos painéis que bem entender, já se sabe, ronda os 1000€, embora seja possível desembolsar até 25 mil euros, ingresso que dá acesso directo a oradores e personalidades políticas. Quem já estiver de olho na edição do próximo ano, pode ir fazendo contas à vida. Até quinta-feira, será possível adquirir duas entradas para 2025 por 950€. Uma verdadeira pechincha.
Web Summit: uma cimeira de parar o trânsito
Os constrangimentos nas imediações do evento começaram ainda em Outubro, mas apertaram neste último domingo. Durante uma semana, a PSP prevê o encerramento da circulação na Alameda dos Oceanos e na Avenida do Índico entre a Alameda dos Oceanos e a Avenida Dom João II. Também a Rua do Bojador, entre a Rotunda do Bojador e a Alameda dos Oceanos, estará vedada ao trânsito. A Avenida da Boa Esperança terá a circulação condicionada entre a Rotunda dos Vice-Reis e o Hotel Myriad.
Para facilitar a mobilidade de quem precisa de aceder à FIL, o Metro de Lisboa criou um passe especial para a Web Summit com modalidades para um, três e cinco dias, com preços que vão dos 9,50€ aos 30€. Incluem viagens ilimitadas no Metro, na Carris e na rede urbana da CP.
Onde é que os techies fazem a festa?
Toda a gente sabe que é depois do pôr-do-sol, com um copo na mão e música de fundo que se fecham os melhores negócios. Não é por acaso que os exigentes dias de conferências no Parque das Nações são seguidos de noites de farra, que cada um poderá levar mais ou menos longe, conforme a disposição e o embalo. O roteiro de festas e encontros nocturnos, reservados aos participantes na cimeira, é mantido relativamente em segredo, com excepção da festa de encerramento, marcada para quinta-feira no Hub Criativo do Beato.
Mas o programa de festas vai muito além de um roteiro oficial, a começar pelo Time Out Market, onde entre segunda e quinta-feira, as noites são animadas por concertos a partir das 21.00, e com entrada livre, a pensar nos pobres techies que deixam o Parque das Nações a precisar de descomprimir. No Terreiro do Paço, até quinta-feira, o Museu da Cerveja reserva os finais de tarde, a partir das 18.30, aos participantes da Web Summit, mas também a todos os aficcionados do mundo tecnológico. O objectivo é criar um momento de networking e descontracção e para ajudar a primeira bebida é oferta da casa.
No espaço de co-work Sítio, na Avenida Duque de Loulé, é preciso subir até ao sétimo andar para encontrar o habitual convívio das quintas-feiras, mas desta vez voltado para o público internacional que por estes dias vai abundar na cidade. Música e cocktails começam a rodar às 17.30. Se a ideia for estreitar laços com malta da tecnologia até mais tarde, talvez o terraço da discoteca Mome possa ser uma opção. A festa Moon Summit é na quinta-feira, a partir das 23.00 e até às seis da manhã.
Quem vai falar?
O pontapé de saída oficial do evento está marcado para as 17.00 desta segunda-feira. Uma hora depois, o primeiro painel sobe ao palco, composto por Luís Montenegro, Carlos Moedas e Paddy Cosgrave, fundador e CEO da Web Summit. Em Outubro do ano passado, chegou a abandonar o cargo, depois de ter criticado publicamente os ataques de Israel em Gaza. O afastamento duraria apenas seis meses. Em Abril deste ano, Cosgrave voltou a assumir o leme da cimeira que ajudou e criar em 2009.
À escala internacional, são esperados alguns nomes de peso – caso de Pharrell Williams, cantor, produtor musical e designer de moda (Seg 19.05), o CEO da Vinted Thomas Plantenga (Qui 15.50), Lidiane Jones, CEO da Bumble (Qua 10.45), e a activista política Yulia Navalnaya, viúva do principal opositor de Putin (Ter 12.10). Cristina Ferreira volta a marcar presença, mas não no maior palco do evento. A participação da apresentadora será na quarta-feira à tarde. No total, esta edição contará com cerca de 1000 oradores.
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