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Depois da ficção ‘Pam & Tommy’, Pamela Anderson conta a sua própria história na Netflix

Documentário ‘Pamela Anderson, Uma História de Amor’ oferece um retrato mais humano da actriz, pelas suas palavras. Estreia em streaming esta segunda-feira, 23 de Janeiro.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Pamela Anderson
©DRPamela Anderson, Uma História de Amor
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De capa da Playboy a protagonista da série Baywatch: Marés Vivas, Pamela Anderson é um símbolo sexual. Mas poucas vezes nos demos ao trabalho de olhar para além do físico desta estrela que viu a sua carreira arruinada após a divulgação da famosa sex tape, uma cassete com cenas bastante íntimas, roubada da casa que partilhava com o então marido, o músico Tommy Lee. E parece ter chegado a altura de a actriz canadiana tomar as rédeas da sua própria história. O documentário Pamela Anderson, Uma História de Amor estreia esta segunda-feira na Netflix e é uma oportunidade para conhecer a vida de Anderson pela sua voz, com a ajuda de muitas imagens e textos do seu arquivo pessoal, informação que desta vez foi divulgada com o seu consentimento.

Pamela Anderson é uma sobrevivente no que diz respeito ao assédio dos paparazzi, em particular após a divulgação da sex tape, numa altura em que estavam a arrancar os serviços de internet um pouco por todo o mundo. Agora, sem maquilhagem e de coração aberto, aparece neste documentário mais despida do que nunca. Uma produção que é também uma excelente oportunidade de reflexão sobre a forma como criámos uma ideia bastante formatada sobre quem é de facto Pamela Anderson, hoje com 55 anos. Uma mulher que iniciou a carreira na capa da Playboy e que desde então não mais se livrou do rótulo sex symbol, a única qualidade que todos pareciam apreciar naquela que é a grande estrela (a par de David Hasselhoff) da série Baywatch: Marés Vivas, onde interpretou o papel da nadadora-salvadora CJ, entre 1992 e 1997.

Em produção há vários anos, este trabalho é realizado pelo documentarista Ryan White (Good Night Oppy, The Keepers) e acompanha a actriz até 2022, altura em que chegou aos palcos da Broadway, no musical Chicago. Vegana e membro activo da PETA, organização que defende os direitos dos animais, Pamela Anderson é uma caixinha de surpresas, ou, se calhar, não nos demos ao trabalho de olhar para a sua profundidade e talento. “Eu estava muito hesitante, mas olhando para trás, sinto-me fortalecida”, confessou Pamela à plataforma de conteúdos para utilizadores da Netflix, a Tudum. Numa nota partilhada pela própria em Março de 2022, que acompanhou o anúncio do documentário, lê-se, em jeito de poema: “A minha vida/ Mil imperfeições/ Um milhão de percepções erradas/ Perversa, selvagem e perdida/ Nada para estar de acordo com as expectativas/ Só vos posso surpreender/ Não uma vítima, mas uma sobrevivente/ E viva para contar a verdadeira história.”

Pamela Anderson, Uma História de Amor estreia cerca de um ano após Pam & Tommy, minissérie disponível no serviço de streaming Disney+, que está longe de ser um conto de fadas. Uma produção sobre a divulgação da sex tape, mas, mais uma vez, criada sem o consentimento, tanto da actriz como do baterista dos Mötley Crüe, tornando-se mais uma espécie de assalto à vida privada dos dois artistas, entretanto divorciados.

A par do documentário, a actriz prepara o lançamento da sua autobiografia no final do mês de Janeiro, com o livro Love, Pamela, com o selo da editora nova-iorquina HarperCollins, já em pré-venda em algumas plataformas.

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