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Em Portugal e no mundo, o sector da cultura tem sido dos que mais tem sofrido com as restrições impostas pela pandemia. No nosso país, em 2020, os museus e outros espaços culturais sofreram um decréscimo de 70% no número de visitantes e de receita.
A nível externo, de acordo com os dados mais recentes do Conselho Internacional dos Museus (ICOM), os museus europeus registaram uma diminuição de 25% a 75% dos visitantes, sendo que 10% destas instituições culturais são obrigadas a recorrer ao lay-off de trabalhadores. Sete em cada dez instituições, detalha ainda o organismo, esperam cortes no financiamento nos próximos anos.
Apesar do cenário negro que se vive e avizinha, o ICOM prevê que a crise funcione “como um catalisador para inovações cruciais que já estavam em curso, nomeadamente na digitalização, criação de novas formas de experiências culturais e comunicação”.
É com base nessa previsão que a organização que promove a celebração do Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, desafia instituições culturais de todo o mundo a “experimentar novas formas de modelos híbridos de fruição cultural e reafirmar a sua missão de construtores de um futuro justo e sustentável". O tema deste ano, “The Future of Museums: Recover and Reimagine”, apela ainda aos profissionais do sector para que se reinventem e criem novos modelos de gestão e soluções inovadoras.
O objectivo do Dia Internacional dos Museus é reforçar a imagem do museu como espaço de exposição de património da humanidade, mas também de sítio que guarda e estuda. No fundo, veicular as instituições culturais como “agentes de mudança, intercâmbio cultural, enriquecimento de culturas e de desenvolvimento de entendimento mútuo, cooperação e paz entre os povos”, escreve o ICOM.
Os museus e espaços culturais em Portugal encerraram a 15 de Janeiro, em virtude do agravamento da situação epidemiológica no país. O Governo decretou um segundo confinamento geral para travar a propagação do vírus SARS-CoV-2.