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O Doclisboa volta à cidade em Outubro. Entre os dias 6 e 16 do próximo mês, a 20.ª edição do festival estende-se pelas salas do costume – Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal e Museu do Aljube –, com 281 filmes, dos quais 47 são estreias mundiais e 28 estreias internacionais. Em homenagem ao recentemente falecido Jean-Luc Godard, há duas sessões, uma a 10 e outra a 15 de Outubro. Mas o festival diz querer celebrar a sua vida e obra em cada projecção.
A Competição Internacional integra 12 filmes de 13 territórios distintos: cinco são estreias mundiais e seis estreias internacionais. A selecção conta com as mais recentes obras de Alejandro Vázquez San Miguel (A Landscaped Area Too Quiet for Me), Amber Bemak (100 Ways to Cross the Border), Camille Degeye (Almost a Kiss), Claudia Müller (Elfriede Jelinek – Language Unleashed), Dominique Loreau (Such a Long March), Gastón Sahajdacny (Moto), Jacques Kébadian (Pierre Guyotat, le don de soi), Léo Liotard (It’s Party Time), Nikita Lavretski (A Date in Minske), Rania Stephan (In Fields of Words: Conversations with Samar Yazbek), Shichiri Kei (‘Se’-back) e Vadim Kostrov (I Saw).
Já entre os 44 filmes portugueses confirmados na edição deste ano, 12 integram a Competição Portuguesa e cinco têm a sua estreia mundial no festival: Catarina Alves Costa traça o retrato da realizadora e antropóloga Margot Dias (1908-2001); João Pedro Moreira leva-nos pelos processos criativos de Rui Reininho; Diogo Varela Silva retrata a vida e obra do pintor João Ayres; Patrick Mendes comemora o 40.º aniversário dos Mata-Ratos, que filmou ao vivo no Octógono, no Fundão; e Edgar Pêra antecipa a série Cinekomix!!!, que explora a relação entre o cinema e a banda desenhada, com três episódios sobre Neil Gaiman, José Carlos Fernandes e Tommi Musturi.
Entre a programação, destaca-se também a exibição de uma cópia restaurada de Earth, de Olexander Dovzhenko, em conjunto com um outro filme produzido já no contexto actual da Ucrânia. Bem como JFK Revisited: Through the Looking Glass, de Oliver Stone, que analisa novas provas e questiona a narrativa oficial sobre a morte do antigo presidente norte-americano John F. Kennedy. E ainda uma retrospectiva de 34 filmes sobre “A Questão Colonial”, que acompanha as descolonizações africanas, o fim dos impérios europeus, o nascimento das novas nações e dos novos cinemas.
O Doclisboa arranca às 21.00 de 6 de Outubro, no Cinema São Jorge, com Telegrama, da cantora e compositora Lula Pena. Projectado e musicado em tempo real, o acto-filme celebra também a transição digital da guitarra para a lira grega antiga. Já o encerramento, no dia 16, à mesma hora, acontece na Culturgest, com Objectos de Luz, de Acácio de Almeida e Marie Carré. A programação completa pode ser consultada no site do festival.
Vários locais em Lisboa. 6-16 Out. 3,30€-4,20€/sessão.
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