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O histórico documentário Let It Be, estreado em 1970 e que acompanha a fase final dos Beatles, foi restaurado e está a caminho do streaming, agora baptizado como The Beatles: Let It Be. O filme de Michael Lindsay-Hogg chega ao catálogo do Disney+ esta quarta-feira, 8 de Maio, três anos após The Beatles: Get Back, premiada série documental que Peter Jackson criou a partir das mesmas imagens.
Em Maio de 1970, quando o documentário chegou aos cinemas, os Beatles não estavam juntos. Por essa altura, os membros da mais popular banda britânica (na verdade, do mundo) já se tinham separado, após a gravação, no ano anterior, de Abbey Road e de Let It Be. O documentário foca-se na produção deste último álbum (que, apesar de ter sido gravado antes, acabou por ser o derradeiro disco do grupo) e mereceu posteriormente o Óscar de Melhor Música. Mas, além de uma cópia em VHS lançada em 1980, nunca mais foi oficialmente distribuído. Até agora.
A culpa deste regresso é um bocadinho do realizador neozelandês Peter Jackson. Em 2021, estreou a sua minissérie documental The Beatles: Get Back, que teve como ponto de partida as cerca de 60 horas de gravações que deram origem ao velho documentário, cortando-as para oito. O lançamento despertou a “beatlemania” e, explica a Walt Disney em comunicado, “com o apoio total de Lindsay-Hogg, a Apple Corps pediu à Park Road Post Production de Peter Jackson para efectuar um restauro meticuloso do filme a partir do negativo original de 16 mm, o que incluiu uma remasterização cuidadosa do som utilizando a mesma tecnologia que foi aplicada a Get Back.
O documentário Let It Be tinha como principal objectivo documentar a gravação do álbum, mas é recordado como o registo dos conflitos internos da banda durante esta última fase ao longo do processo de gravação. A cena mais famosa do documentário é a última, um pequeno e mítico concerto que a banda gravou no telhado dos estúdios Apple, em Savile Row, Londres.
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