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Desaparecido desde 2016, Dom Sebastião regressou hoje à fachada da Estação Ferroviária do Rossio. Nesse ano, perto da meia-noite do dia 3 de Maio, um turista teve aquilo que em alemão se chama uma Schnapsidee (trocando por miúdos, ideias de quem bebeu demasiada aguardente): trepar para o nicho em busca da selfie perfeita com o mais brumoso rei português. A estátua soltou-se e despedaçou-se no chão.
Os fragmentos foram recolhidos e permaneceram guardados até Agosto de 2020, ano em que a empresa de conservação e restauro Água de Cal tomou em mãos a tarefa de resolver o puzzle de 90 peças em que Dom Sebastião estava transformado. Depois de restaurada, a estátua de 1890 do escultor francês Gabriel Farail foi cautelosamente guardada dentro de uma redoma de vidro, para prevenir futuros desastres, e encontra-se armazenada na Estação do Rossio, aguardando-se para breve que venha a ser exposta, de acordo com informações recolhidas no local.
A estátua que está a partir de hoje, 21 de Julho, a dar o corpo às balas na fachada da estação é uma réplica encomendada ao escultor Pedro Lino. E está solidamente fixada no seu pedestal.