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Dormir com os pés de fora? Este casal criou um edredom com uma abertura extra

Diogo sempre foi encalorado. Catarina não dispensa o conforto das mantas, nem mesmo no Verão. Desta desavença na cama nasceu a Sleets, os edredons para quem gosta de dormir com os pés à fresca.

Mauro Gonçalves
Escrito por
Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Sleets
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Aparentemente, a desavença atinge muitos casais – enquanto um gosta de pôr os pés ao fresco, quando não prefere mesmo dormir todo ele a descoberto, o outro depende das cobertas e agasalhos para se manter quente e confortável, mesmo no pino do Verão. Diogo e Catarina Sousa e Melo, dois designers industriais unidos pelo casamento, depararam-se com este problema durante anos. Em 2023, fez-se luz, que é como quem diz: lembraram-se de fazer um rasgão no edredom.

"O problema existe desde sempre. Tenho calor, mas calor a sério. E nós nem sabíamos que era uma coisa assim tão comum. Depois até descobrimos que há pessoas que dormem com os pés de fora porque gostam da sensação. Sentem uma claustrofobia", conta Diogo. Do outro lado da cama, a conversa é outra. "Eu gosto de sentir o peso da roupa. Mesmo no Verão, faz-me confusão dormir só com o lençol. Dobrávamos o edredom para cima de mim, mas a meio da noite ele de repente tinha frio e eu estava toda enrolada e já não havia edredom para ele", resume Catarina.

Sleets
DRCatarina e Diogo Sousa e Melo

Bastou uma tesoura e uma máquina de costura para pôr em prática uma ideia, também ela surgida durante a noite. Através de uma abertura estrategicamente posicionada, é possível meter os pés de fora do edredom sem incomodar o parceiro ou parceira do lado. "Isto nasce de uma necessidade nossa muito própria. Eu tenho muito calor, ela tem muito frio. Como é que se arranjava uma solução boa para os dois?", recorda Diogo. "Fiz o protótipo. Estive ali a perceber imensos pormenores: o rasgo, que tem de ter resistência para ir à máquina, para centrifugar. E pronto, começámos a dormir", refere Catarina.

O casal conta que a invenção despertou o interesse de amigos e conhecidos. À pergunta "Onde é que compraram?" responderam com a marca Sleets e com o registo da patente. Em Guimarães, encontraram o fabricante que alinhou em produzir esta peça fora do comum, em algodão percal de 200 fios. Com várias medidas, com a opção de vir também com lençol inferior e duas fronhas (mas sempre com uma capa) e, claro, com a possibilidade de escolher entre um ou dois rasgos (e de que lado), o edredom chegou primeiro à plataforma de crowdfunding Indiegogo. Segundo Diogo, mais do que uma campanha para financiar a produção, é uma pré-venda para garantir compradores para a primeira leva de produtos. "Nunca vamos ter stock nesta primeira fase. Produzimos conforme o pedido entra", remata Diogo.

Em função do desconto de lançamento aplicável e dos extras que adicionar, ou não, o edredom da Sleets pode custar entre 178€ e 375€. A campanha arranca a 3 de Março rumo à primeira fornada de 150 edredons. Diogo e Catarina esperam, dentro de três meses, estar a entregar os primeiros artigos.

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