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E os nomeados para os Gayming Awards são…

A ‘Gayming Magazine’ premeia os videojogos mais queer do ano na quarta-feira. Contamos-lhe mais sobre os melhores jogos de 2020 para os gaymers.

Escrito por
Clara Silva
Entretenimento, VideoJogos, Animal Crossing: New Horizons
©DRAnimal Crossing: New Horizons
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Basta ser queer e jogar videojogos para ser um gaymer. O termo, uma fusão de gay e gamer, foi registado em 2008 pelo fundador do site Gaymer.org, entretanto desactivado. Depois de uma batalha legal, acabou por perder os direitos de uso e agora “toda a gente pode legalmente ser um gaymer”, lê-se num artigo da Vice.

A comunidade gaymer tem crescido virtualmente, os videojogos têm cada vez mais preocupações com personagens LGBT+ – e até foram criados prémios para os distinguir anualmente. A entrega dos Gayming Awards de 2021, os prémios LGBT+ dos videojogos, acontece esta quarta-feira e pode ser acompanhada em directo na Twitch.

A cerimónia, a primeira do mundo do género, foi criada pela Gayming Magazine, uma revista britânica lançada em 2019 e dedicada a “tudo o que há de bom nos videojogos LGBT”. Os prémios, explicam, são uma maneira de “recompensar os criadores de jogos, as editoras e as pessoas da indústria pelo seu trabalho”. Há várias categorias e grandes patrocinadores para cada uma (por exemplo a Electronic Arts, a PlayStation ou a Xbox). Para o Jogo do Ano de 2020 há quatro nomeados: Animal Crossing: New Horizons, Final Fantasy VII Remake, Hades e Tell Me Why.

Animal Crossing: New Horizons, para a Nintendo Switch, bateu recordes de venda: em menos de dez meses, de Março a Dezembro, vendeu 31 milhões de cópias. O jogo não faz distinções de género no passaporte das personagens e prefere antes sublinhar qual a fruta original da ilha dos jogadores (por exemplo, pêssegos). Em Junho, o jogo juntou-se às celebrações virtuais do Global Pride, com o Global Pride Crossing. Os jogadores foram incitados a criar a sua própria marcha Pride e a visitar uma ilha decorada a rigor onde conheciam outros jogadores, com roupas arco-íris desenhadas para a ocasião.

 Final Fantasy VII Remake, para a Playstation 4, outro dos grandes sucessos do ano e um remake de um jogo de 1997, tem, segundo a Gayming, “momentos muito gay-friendly”. Durante o jogo, Cloud Strife, o protagonista, tem de se vestir de mulher e uma das personagens faz lembrar Santino Rice, de RuPaul’s Drag Race. “Embora Final Fantasy VII Remake ofereça uma representação melhorada do mundo real, no universo do jogo, ser gay, hetero ou alguma coisa entre os dois não importa”, escrevem. “Todos são Cloudsexuais.”

Outro dos nomeados, Hades, acompanha Zagreu na sua tentativa de fuga do submundo para chegar ao Monte Olimpo. Apesar de estar disponível em acesso antecipado desde 2018, só foi definitivamente lançado em Setembro passado para PC e Nintendo Switch. De acordo com a Gayming, é difícil “não ver a química que Zagreu tem com duas personagens em particular, Megera e Tânato. Isso mesmo, temos um himbo bissexual como protagonista. Talvez 2020 não seja tão mau assim.”

Por fim, Tell Me Why, para a Xbox One e Windows 10, tem uma personagem trans como protagonista. No jogo, os gémeos Alyson e Tyler, separados na infância depois de um acontecimento traumático, voltam a reencontrar-se anos depois para regressar à casa onde cresceram, no Alasca. “Tell Me Why mostra aos jogadores, principalmente aos jogadores cis, que devem tratar as pessoas trans como apenas isso: pessoas”, lê-se na Gayming. “É triste perceber quão raramente isso é representado num jogo e quão importante é.”

As outras categorias dos prémios incluem Melhor Jogo do Ano – Escolha dos Leitores, Melhor Jogo LGBTQ Indie, Streamer LGBTQ do Ano, Prémio Representatividade LGBTQ, Melhor Personagem LGBTQ (Tyler Ronan, de Tell Me Why, é o favorito), Melhor Narrativa LGBTQ, Prémio Diversidade na Indústria e Ícone Gayming.

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