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Ela come pelo mundo e desta vez gravou em Lisboa: “Nunca tinha provado carne de porco à alentejana”

Verónica Zumalacárregui comeu pastéis de nata e pastéis de bacalhau, bebeu uma ginjinha e subiu à Pensão Amor. No episódio em Lisboa de ‘Comer Pelo Mundo’, passou ainda por sítios como o Ofício e o Brilhante.

Cláudia Lima Carvalho
Comer Pelo Mundo
DRVerónica com Cristina num restaurante em Setúbal
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Verónica Zumalacárregui é uma jornalista espanhola que se tornou conhecida nos últimos anos com o programa de televisão Comer Pelo Mundo (Me Voy a Comer el Mundo no original), a passar em Portugal no canal Casa e Cozinha. Quatro temporadas, dezenas de episódios e milhares de milhas depois, Verónica aterrou em Lisboa para, com a ajuda de locais, descobrir o que se come por cá. “Gravar em Lisboa foi especial porque mesmo sendo uma cidade que conheço e que visitei em muitos momentos da minha vida, foi diferente estar dentro das casas lisboetas, cozinhar e comer com eles.” O episódio passa esta terça-feira, às 22.05. 

No Tendinha do Rossio ao balcão come um pastel de bacalhau e uma bifana. Não muito longe dali, bebe uma ginjinha. Sobe a Alfama para comer no restaurante Lisboa Tu & Eu, passa pelo Ofício de Hugo Candeias e pelo Brilhante de Luís Gaspar e acaba a beber um copo no Pensão Amor. Pelo meio, houve tempo ainda para uma ida a Setúbal e ao Mercado do Livramento. Ainda assim, se tivesse de resumir a sua vinda a Lisboa, Verónica Zumalacárregui falaria das pessoas e das suas casas. “O propósito de Comer Pelo Mundo é que seja autêntico. O que há de mais autêntico do que uma pessoa local a mostrar-me o que tem no seu frigorífico e explicar-me o que come em casa?” 

No Tendinha do Rossio
DR

É assim que os episódios normalmente acontecem. Em cada destino, Verónica é recebida por pessoas daquele país, cujo único requisito é que falem espanhol. Com eles, passeia e descobre restaurantes, acabando quase sempre em grandes refeições caseiras. Não procura caras conhecidas, nem chefs. Quer apenas a normalidade. “Para mim, é muito mais interessante e é o propósito, precisamente, do programa: fazer uma radiografia cultural do estilo de vida”, conta à Time Out numa breve passagem por Lisboa, onde regressou para apresentar a nova temporada do programa. 

“Normalmente, nos programas, não procuro nenhuma estrela Michelin. Pontualmente, acontece, como em Tóquio ou no Dubai. Porquê? Porque os sítios de menu de degustação, os restaurantes com estrela Michelin, são maravilhosos, mas são mais parecidos”, argumenta. “Um restaurante com estrela Michelin em Londres pode parecer um restaurante com estrela Michelin em Tóquio e tu não sabes se estou em Tóquio ou em Londres. Isso parece-me mais aborrecido”, defende ainda, ressalvando que mesmo assim procura um equilíbrio no seu programa, entre tascas e restaurantes de autor. 

Da mesma forma que não são os chefs ou cozinheiros que habitualmente servem de cicerone à espanhola. “O programa é desenhado pela mão dos anfitriões. Faço um trabalho de investigação para os descobrir, às vezes são amigos ou amigos de amigos. Antes de gravar, falo muito pelo telefone, faço-lhes perguntas e vou desenhando o programa entre os seus lugares favoritos, o que o programa precisa e o que é mais televisivo”, explica. 

Em Lisboa, gostou praticamente de tudo – talvez um pouco menos de uma morcela dada a provar em casa de um dos seus anfitriões, Daniel. Foi, porém, em casa de outra anfitriã, Cristina, em Setúbal, que descobriu a carne de porco à alentejana. “Foi o que mais me surpreendeu. Nunca tinha provado carne de porco à alentejana. Um prato tão de carne, com algo tão de mar, chamou-me à atenção e gostei muito, sobretudo porque a carne estava muito marinada”, recorda. 

“Também me emocionou muito estar em casa do Daniel, que celebrou o seu aniversário com uma série de amigos. Estar presente nesse aniversário, saborear um bacalhau com natas em uma casa e ver como é diferente de um restaurante mais turístico e depois ouvir ainda uma fadista nessa festa… Foi como uma experiência muito completa”, acrescenta Verónica, para quem a gravação do programa foi a confirmação de que “Lisboa é uma cidade muito boémia”. “É algo que sempre me cativou.”

Comer Pelo Mundo
DRA primeira vez que provou carne de porco à alentejana

Os episódios seguintes desta nova temporada passam ainda pela Colômbia, a Polónia e a Hungria, além de Espanha, em Sevilha. Regressar a Portugal não está nos planos, por agora, mas ideias não faltam a Verónica. “Não depende de mim, não é algo que eu escolha. Ou seja, eu posso propor, mas depende da produtora, dos voos, das datas, etc”, revela, declarando a vontade de voltar. “Estando perto [de Espanha], é um país muito diferente também. E, sendo pequeno, há um monte de opções. Já estive no Algarve, no Alentejo, em Viseu, em Aveiro, no Porto, em Sintra, em Cascais, e em cada um destes sítios comi de maneira diferente. Pessoalmente, gostaria de ir ao Alentejo porque acho que é uma zona que muita gente não conhece.”

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