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O Grupo Sana venceu o concurso público lançado em Fevereiro, que estabeleceu que o Quartel da Graça será transformado num hotel de cinco estrelas. Com um investimento de 30 milhões de euros, a abertura está prevista para o final de 2022.
O Quartel da Graça – em pleno largo, com vista privilegiada sobre a Baixa de Lisboa – foi o 16.º edifício a ser aberto à concessão de privados no âmbito do Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, com a colaboração das autarquias locais. Monumento nacional desde 1910, o imóvel histórico será agora transformado num hotel de luxo pelo Grupo Sana, anunciou esta sexta-feira a Secretaria de Estado do Turismo, depois de ter recebido mais de dez manifestações de interesse.
Fundado enquanto Convento da Graça, no século XIII, para acolher a Ordem dos Agostinhos Eremitas, o edifício foi reedificado no século XVI e restaurado após o terramoto de 1755. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi ocupado pelo Exército e rebaptizado como Quartel da Graça, nome pelo qual ainda hoje é conhecido. O conjunto integra dois claustros, ambos quadrados, de dois pisos.
“A conclusão do concurso para a concessão do Quartel da Graça permite, por um lado, a recuperação de um edifício indissociável da história da cidade de Lisboa e, por outro, a devolução à população de um imóvel que abriga séculos de memórias, incluindo as do início da fundação do país”, afirma em comunicado o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho. “Este imóvel será um factor de geração de riqueza e de criação de emprego na cidade de Lisboa”, acrescenta o ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, na mesma nota.
Concessionado durante 50 anos, período máximo previsto pelo Revive, o quartel será alvo de um investimento que ronda os 30 milhões de euros. A área total de construção é de 15,5 mil metros quadrados, o que não inclui a igreja e o respectivo jardim, nem o Jardim da Cerca da Graça.
O hotel terá 120 quartos, mas o valor base previsto para a renda anual de 332,6 mil euros foi largamente superado, tendo sido fixado em 1,79 milhões de euros, a pagar pelo Grupo Sana, que também ficará responsável por construir as capelas mortuárias de apoio à igreja.
Até ao momento foram lançados concursos relativos a 19 imóveis no âmbito do programa Revive, mas são apenas dez os imóveis já adjudicados, o que representa um investimento de 100 milhões de euros.
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