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Em 2024, Lisboa vai ter mais dinheiro para a Cultura

Proposta de orçamento para o próximo ano apresentada pela Câmara Municipal prevê um reforço de 13% na Cultura e investimento em parques de estacionamento em zonas limítrofes da cidade.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
Jornalista
Carlos Moedas
Mariana Valle Lima/Time OutCarlos Moedas
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O orçamento municipal de Lisboa para a Cultura vai ser reforçado no próximo ano. Na proposta apresentada nesta terça-feira pelo executivo de Carlos Moedas, a verba reservada pela autarquia para este sector passa de 55 milhões de euros (em 2023) para 62 milhões. É uma subida de 13%, anunciou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, citado pela agência Lusa.

Este mesmo responsável fez questão de frisar que, na área da Cultura, 2024 será o ano da abertura do MUDE – Museu do Design e da Moda, do Pavilhão Azul para a colecção Julião Sarmento e do Teatro Variedades, bem como de mais três espaços do programa Um Teatro em Cada Bairro (Ajuda e Pedrouços serão dois deles, sabe a Time Out). A autarquia pretende, ainda, intervir no Espaço Atlântida (o lugar criado a partir da biblioteca de Alberto Manguel, na Rua das Janelas Verdes), na reconversão do Teatro Aberto, perto da Praça de Espanha, e na Biblioteca António Lobo Antunes, em Benfica (ainda por inaugurar).

O vice-presidente aproveitou também a oportunidade para anunciar um novo projecto para Lisboa, do qual fazem parte os "parques navegante", ou seja, parques de estacionamento de automóveis gratuitos para quem usa o passe Navegante. Estes parques pretendem ser “dissuasores para que as pessoas não levem os carros para o centro da cidade e andem de transportes públicos”, disse o autarca, citado pela Rádio Renascença. Quando estiver completo, o projecto deverá ter capacidade para albergar 1965 veículos, em sete pontos limítrofes da cidade: Pontinha Sul, Azinhaga da Cidade, Ameixoeira, Telheiras Poente, Telheiras Nascente, Avenida de Pádua e Colégio Militar.

Igualmente na área da mobilidade, a Câmara inscreveu no documento os projectos de estender a circulação do eléctrico 15E até ao Jamor (actualmente, vai apenas até Algés), de criar uma nova ligação entre Santa Apolónia e o Parque Tejo, e de instalar um eléctrico rápido para a Alta de Lisboa. 

Por último, regressou, ainda, à discussão a isenção do pagamento de IMT para jovens até aos 35 anos que tenham comprado casas até 300 mil euros. É a terceira vez que esta proposta é apresentada, ainda que nos últimos dois orçamentos o tecto apresentado fosse de 250 mil euros. Tendo sido sempre chumbada pela oposição, Moedas volta a tentar levar a ideia avante.

Feitas as contas, a coligação Novos Tempos propõe um orçamento de 1,3 mil milhões de euros para 2024, um valor em linha com o deste ano. A proposta será votada a 29 de Novembro. A 12 de Dezembro é levada à Assembleia Municipal.

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