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Em Alvalade, o Spike combina cachorros e milkshakes à medida do cliente

O Spike, que abriu portas em Abril, aposta na decoração e numa carta simples, mas aberta à personalização do cliente.

Cláudia Lima Carvalho
Bárbara Carvas
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Cláudia Lima Carvalho
Escrito por:
Bárbara Carvas
Spike
Francisco Romão Pereira / Time Out
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Milkshakes e cachorros pode não parecer um negócio óbvio para Lisboa, mas numa cidade em constante transformação, Mauro Tanaka viu uma oportunidade. Com os sócios William e Olívia Cardoso abriu em Alvalade o Spike. A funcionar desde Abril, o menu é simples, mas tão variado quanto as muitas combinações possíveis de hot dogs. Para acompanhar, são há milkshakes de diferentes sabores. 

“O cachorro está presente na vida do português, mas não está tão presente na restauração”, acredita William Cardoso que, após a sua chegada a Portugal em 2020, sentiu que era necessária uma maior oferta de cachorros na zona. Mauro, que chegou em 2018, acrescenta ainda que, comparado com os hambúrgueres, o cachorro está “pouco representado”. 

Spike
Francisco Romão Pereira / Time Out

Mauro, para além de músico e psicólogo, foi proprietário de um restaurante no Brasil de hambúrgueres e sanduíches onde William era cliente. Ao frequentarem também a mesma igreja, a conversa foi surgindo e a ideia de abrir um espaço em Portugal parecia cada vez mais aliciante. “Acho que vai dar certo. Lisboa precisa de um hot dog diferente”, remata Mauro. 

Foi William, porém, com lojas de açaí no país, inclusive uma em Alvalade (perto do Spike), que foi conhecendo o público português, já que Mauro, aquando da sua chegada, havia deixado os negócios com os sócios e abandonado a “vida estressante” da restauração. Mas a verdade é que depois sentiu falta. E William confessa: “Achei que nunca ia conseguir trabalhar com restauração”. As consultas de psicologia, essas, continuam online para o Brasil. 

Spike
Francisco Romão Pereira / Time Out

Depois de meses de conversa a comer cachorros e a fazê-los, a viajar, a procurar sítios e meios para fazer nascer o negócio, a pensar no design e a treinar funcionários, surge o Spike. Com o conceito de personalizar tanto o cachorro como o milkshake, os proprietários quiseram homenagear “os vários hot dogs pelo mundo". "Temos coisas que lembram o hot dog de Chicago, que é muito famoso. E até os da Alemanha”, aponta Mauro. Já os milkshakes têm a particularidade de “pick and go”. O cliente pode simplesmente pegar e levar para beber enquanto passeia pelas ruas de Alvalade. 

No que toca ao menu, é possível combinar o pão estaladiço e sempre quente, a salsicha, com opção vegetariana, o queijo a derreter, o topping (que vai desde bacon a batata doce palha) e o molho, onde se encontra a maionese spike. O milkshake, sobremesa adorada pelos donos, com sabor a morango, chocolate, baunilha ou doce de leite, conta com toppings de nutella, oreo, paçoca e mais. Quem não gostar de batidos, pode sempre optar pela Pink Lemonade, cerveja Dois Corvos ou até mesmo Coca-Cola. O preço base do cachorro é 7€, podendo aumentar 1€ conforme os extras. O milkshake, tem o valor base de 5.50€. Com o topping extra acresce 1€ e com o de proteína fica mais 2€. 

Spike
Francisco Romão Pereira / Time Out

Sem qualquer referência a salsicha ou cachorro, foi após um sonho do proprietário William que surgiu o nome final. Em conversa com amigos tinham apontado para Spicy. Mas foi depois de um sonho com o desenho animado Tom & Jerry, que conta com uma personagem chamada Spike, que decidiram. Simples e diferente. Tal como o logo, que sem qualquer imagem relativa ao desenho animado, surge com um pequeno desenho laranja. 

Seguindo desse design, apareceu a decoração na mesma cor. Dividido em dois andares, o piso principal conta com uma certa “essência portuguesa”, conta-nos William, também ele arquitecto, com o seu tecto em cortiça. Já o piso inferior, refere-se a ele como algo “ousado". "Foi um risco.” Pois tal como o logo minimalista, que apresenta apenas uma cor, também a sala se apresenta toda no tom de laranja.

Spike
Francisco Romão Pereira / Time Out
Spike
Francisco Romão Pereira / Time Out

A escolha de Alvalade vai de encontro ao gosto pessoal dos três sócios. William e a esposa Olívia, moradores, além de donos da tal loja de açaí, apontam o bairro como algo que já lhes era familiar. Referem a constante movimentação, a oferta de serviços, a proximidade com a estação de metro e com o aeroporto. Ainda assim, gostariam de estar presentes em outras zonas. Sem nada de muito concreto, por estarem em fase de pesquisa e avaliação, garantem que o segundo Spike está a ser planeado. “A ideia é em breve já ter um novo lugar”, finaliza Mauro. 

R. Luís Augusto Palmeirim (Alvalade). 965346522. Seg-Dom 12.00-22.00

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