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Em memória de Pedro Sobral e por estradas mais seguras, este domingo pedala-se na Marginal

Domingo, 12 de Janeiro, ciclistas são convidados a percorrer a faixa ribeirinha desde Alcântara até à baía de Cascais. Na Cordoaria haverá um minuto de silêncio.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Jornalista
Avenida da Índia
DR/Google Avenida da Índia
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"Por ruas e estradas seguras para todos", "pela redução de velocidades nas cidades", "por mais e melhor infra-estrutura" e "por uma Marginal acessível a todas as pessoas". São estas as reivindicações-base da manifestação planeada para este domingo, 12 de Janeiro, na sequência do atropelamento mortal de Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que percorria de bicicleta a Avenida da Índia, em Belém, há menos de um mês. 

"Convidamos todos os ciclistas e utilizadores da bicicleta, para nos unirmos nesta causa urgente e necessária, enquanto prestamos homenagem a Pedro Sobral, que perdeu a vida na Avenida da Índia no dia 21 de Dezembro. Vamos mostrar que temos direito à estrada e que queremos viver, pedalar e partilhar o espaço com segurança. Não podemos tolerar nem mais uma morte", pode ler-se na convocatória.

No domingo haverá dois percursos, um de 50 quilómetros e outro de sete. No primeiro, o ponto de encontro é às 8.00 na Praça das Indústrias, 1 (Centro de Congressos de Lisboa), a partir do qual se pedalará "em ritmo lento" até Cascais, regressando depois a Lisboa. O Centro Desportivo do Jamor é um segundo ponto de encontro da manifestação "Estrada Segura para Todos", às 11.00, com paragem, a seguir, na Cordoaria Nacional "para um minuto de silêncio em homenagem a Pedro Sobral". O fim do percurso será no Centro de Congressos.

Petição por uma ciclovia na Avenida da Índia

Entretanto, o movimento Lisboa Possível lançou uma petição pela criação "urgente" de uma ciclovia na Avenida da Índia, que permita a ligação entre as ciclovias de Algés e Alcântara. A infra-estrutura deverá ser "segregada, com uma separação física que garanta a segurança de quem nela circula, garantindo a mobilidade de quem reside ou trabalha em Lisboa e nos arredores", defendem. 

Além de salvar vidas, o colectivo acredita que a ciclovia teria outros benefícios, como "desencorajar o uso de carro para o centro da capital", "combater as alterações climáticas" ou diminuir o congestionamento na cidade. A petição tem mais de 1200 assinaturas.

O projecto de uma ciclovia naquela zona da cidade chegou a estar em cima da mesa. Em 2021, a autarquia desistiu do conceito pop-up que faria a ligação entre a Rua Fernão Mendes Pinto, em Algés, e a Avenida 24 de Julho, em Alcântara, alegadamente por estar a ser estudada uma "solução mais definitiva", adiantou o Lisboa Para Pessoas. Esta semana, na zona fronteiriça entre Algés e Belém, foi inaugurada uma nova estação da rede Gira, mas a estrutura ciclável permanece inexistente, apesar de um porta-voz da Mobilidade da Câmara de Lisboa ter avançado ao mesmo órgão que a ciclovia estaria em fase final de projecto já em 2021.

No mesmo ano, a 26 de Junho, a cidadã Patrizia Paradiso, que, tal como Pedro Sobral, se deslocava de bicicleta na Avenida da Índia, foi vítima mortal de atropelamento.

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