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Diz o povo que “quem tem uma mãe tem tudo, quem não tem mãe não tem nada”. Ainda assim, o nosso último nome, aquele pelo qual seremos conhecidos, é na grande maioria das vezes herdado do pai. Para assinalar o Dia Internacional da Mulher, a 8 de Março, a Penguin Random House desafia os leitores a reflectir sobre “essa convenção social tão enraizada como datada” e reedita um conjunto de obras clássicas e contemporâneas com sobrecapas assinadas com o apelido materno dos seus autores. As edições especiais “Em nome da mulher” já estão à venda no site da editora.
“O que se pretende com esta campanha é reavivar o debate, pôr em causa esta convenção e simultaneamente celebrar o papel das mulheres. Dar visibilidade à mulher, tirá-la da sombra, enaltecer o seu papel na sociedade. Um primeiro e simbólico passo, para que se discutam as convenções que ainda discriminam silenciosamente as mulheres”, diz a directora de comunicação Marta Heitor, mais conhecida por Marta Cunha Serra, que convida os portugueses a alterarem o seu nome nas redes sociais para o apelido materno e a entrarem na conversa usando a hashtag #EmNomeDaMulher.
Entre os clássicos reeditados, encontramos, por exemplo, Otelo, de William Arden [Shakespeare]; Persuasão, de Jane Leigh [Austen]; A metamorfose, de Franz Löwy [Kafka]; Amor de Perdição, de Camilo Ferreira [Castelo Branco]; e Toda uma literatura, de Fernando Nogueira [Pessoa] Já entre as obras contemporâneas, temos As Três Vidas, de João Branco [Tordo]; Processo de Humanização em Curso, de Diogo Biu [Faro]; e Raparigas como Nós, de Helena Vilas Boas [Magalhães].
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