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Em Novembro, vai poder deitar-se num caixão ou “ver” uma peça de teatro de olhos vendados

Nos dias 16 e 17, o festival One-to-One instala-se em Oeiras para dar a conhecer criações artísticas de todo o mundo. Mas só podem ser vistas por uma pessoa de cada vez.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
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Já imaginou ser a única pessoa numa plateia de um teatro? No festival One-to-One, em Oeiras, essa é a premissa. Nos dias 16 e 17 de Novembro, há nove propostas de teatro, dança, magia e performance pensadas para toda a família, mas para ver sozinho. 

O festival faz parte do projecto One-to-One Art, apoiado pelo programa Europa Criativa da União Europeia, e é trazido a Portugal pela companhia Gato Escaldado. A sua principal característica, e talvez a que o distingue de outros festivais, é o facto de todas as performances serem desenhadas de forma a serem experienciadas por um espectador de cada vez, permitindo uma interacção mais directa com o artista. 

No fim-de-semana de 16 e 17 de Novembro, entre as 15.00 e as 20.00, a Fábrica da Pólvora acolhe criações que chegam de todo o mundo. Do Brasil, Lena Giuliano traz Escrevendo na cova de alguém, em que o espectador é convidado a deitar-se num caixão enquanto a artista lhe escreve um obituário. Em Es|Surface, de Mariana Barros, duas pessoas vêem-se uma à outra, através de um jogo de reflexos proporcionado por um vidro. 

Da Finlândia, Mammu Rauhala apresenta Wearable Brushes, uma obra multissensorial em que artista e participante se juntam para pintar com objectos vestíveis. Já Satu Hakamäki volta-se para a dança em Chosen Parts 1. Procura ser uma celebração da luz, da escuridão e do corpo, em que é explorado o poder de olhar e de ser olhado. 

Em (Dis)Connect, o ucraniano Dmytro Grynov dança em torno das alterações climáticas e do seu impacto na humanidade, ao passo que apresenta a jornada do protagonista e a sua luta interior para aceitar a situação. The Blind Sight é uma obra criada por Keumbyul Lim, da Coreia do Sul, e Tevya Bombieri-Morales, da Alemanha, que pretende despertar os sentidos do público. É suposto entrar na sala com os olhos vendados e apenas através da audição, do olfacto e do tacto, experienciar três narrativas acerca da percepção, da lembrança e da perda. Nomi Sasaki, artista de origem peruana e japonesa, sediada na Suíça, monta Track-track: let’s follow the cat!, um espectáculo de marionetas para os mais pequenos.

As criações portuguesas são duas: Cabine e Magie Nouvelle. A primeira, assinada por Carla Gomes, convida o espectador a entrar numa cabine, onde alguém está à sua espera para impor algumas questões. A última, de José Miguel Pereira, cruza vários tipos de linguagem artística, como o ilusionismo, o teatro, a música, e as artes plásticas, para reflectir acerca da realidade e ilusão.

Fábrica da Pólvora (Oeiras). 16-17 Nov. Sáb-Dom 15.00-20.00. Entrada livre

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