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Quando se junta música folk e activismo político, salta o nome de Joan Baez. O documentário Joan Baez – A Cantiga é Uma Arma acompanha a cantora e compositora na sua última digressão, mas vai mais longe, saltando entre o presente e o passado, com recurso ao seu extenso arquivo. Produzido por Patti Smith e realizado por Karen O’Connor, Miri Navasky e Maeve O’Boyle, estreia nas salas de cinema portuguesas a 9 de Janeiro.
Joan Baez – A Cantiga é Uma Arma (Joan Baez: I Am a Noise no original) apresenta-se como um retrato íntimo e inédito de Joan Baez, hoje com 83 anos e autora de temas como "Diamonds & Rust", "A Song for David" ou "Here's to You". Um documentário que revela a sua história, das lutas pelos direitos civis ao lado de Martin Luther King à vida pessoal, relação com Bob Dylan incluída. "Famosa desde os 18 anos, capa da revista Time aos 21 e apelidada de Rainha do Folk, Joan Baez alcançou um patamar que os cantores de folk jamais tinham conseguido", diz Karen O’Connor numa nota de intenções partilhada com a imprensa, onde também defende que "o que a tornou numa lenda, a par do prodigioso talento, foi a sua paixão política”.
Neste filme, o passado de Baez é resgatado através de filmes caseiros recém-revelados, obras de arte e desenhos da artista, assim como diários, fotografias, gravações de sessões de terapia e cartas gravadas em áudio que Baez enviava para casa. Arquivos que conduzem o público por uma viagem imersiva ao mundo de Baez, com “revelações inesperadas, momentos de dor e de humor”, promete Karen O’Connor. O documentário também inclui entrevistas, mas de forma limitada. “Embora muitas figuras conhecidas estivessem dispostas a falar sobre a influência de Joan, não queríamos fazer um documentário biográfico com celebridades a falar de outras celebridades. Por isso, incluímos apenas pessoas do círculo íntimo de Joan, cujas memórias e reflexões pudessem ser tão íntimas e autênticas quanto o resto do filme”, explica a realizadora.
Fama e identidade, criatividade e doença mental, envelhecimento e luto, memória e perdão são alguns dos temas explorados na narrativa, que é acompanhada por um estilo de filmagem mais informal e ‘verité’, que cola as imagens contemporâneas com as de arquivo. “Todas as entrevistas foram feitas apenas com luz natural e as sequências de concertos e digressões foram filmadas nos bastidores para se alinharem com o aspecto e a sensação do resto do filme”, descreve Karen O’Connor na mesma nota.
Joan Baez – A Cantiga é Uma Arma chega às salas de cinema em Portugal quase dois anos após fazer um circuito por vários festivais em todo o mundo, nomeadamente no Doclisboa, por onde passou em Outubro de 2023.
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