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Durante o dia, o MIL é uma convenção que reúne músicos e outros profissionais do sector, portugueses e estrangeiros, no Beato. Mas à noite transforma-se num festival que é um convite à descoberta. Todos os anos o cartaz inclui um outro nome mais instituído, que serve de chamariz, mas o grosso do programa é ocupado por grupos e artistas que começam a despontar. Este ano, entre os dias 25 e 27 de Setembro, serão mais de 50 os que vão passar por sete salas do Cais do Sodré e arredores: Musicbox, B.Leza, Espaço Atmosferas (ETIC), Lisa, Lounge, Roterdão e Titanic Sur Mer.
Os nomes que se destacam nesta edição são MДQUIИД. e Maria Reis. Os primeiros são o fenómeno do momento no circuito indie lisboeta, com ambições internacionais. Lançaram este ano o álbum PRATA, onde o krautrock vira uma música de dança industrial e feroz, mas é ao vivo que sobressaem. Já a cantora e guitarrista da Cafetra e das Pega Monstro é uma das mais brilhantes escritoras de canções do país e o seu mais recente Suspiro... é um dos melhores discos que ouvimos nos últimos meses.
O contingente nacional inclui outras cantoras e compositoras, como A Sul, Capital da Bulgária ou Malva, e bandas rock como Humana Taranja, Them Flying Monkeys ou as Agressive Girls (Dakoi e Diana XL). Mas também o rapper Txaiiza Terapia, a vocalista de r&b Nayr Faquirá, e ainda artistas luso-cabo-verdianos como Fidju Kitxora, Ya Sin ou Cleidir e Zé Rasta. Ou o duo de Arianna Casellas y Kauê, ela venezuela, ele brasileiro, mas radicados em Lixa do Alvão, uma povoação do norte de Portugal.
O mundo a passar pelo Cais do Sodré
Entre os artistas internacionais, destacam-se espanhóis como Adelaida, intérprete e produtora de electrónica experimental que esteve recentemente no Waking Live; a entusiasmante cantora pop Dianka; o catalão Hadren, cantor, produtor e DJ de uma electrónica latina e futurista; os punks do Sistema de Entretenimiento. Ou o fabuloso Vatocholo, cantor e compositor mexicano nascido na Dinamarca e hoje radicado em Madrid, que arrasta os corridos tumbados para junto do trap, do indie rock, do futuro.
Entre as novidades do velho continente sobressai ainda o pós-punk dos belgas Ada Oda e das inglesas deep tan; a pop francófona de David Numwami; o techno da cantora e produtora parisiense Alexi Shell; ou o psicadelismo igualmente francês dos Walter Astral. Há também uns quantos músicos brasileiros em estreia nacional, como as Irmãs de Pau, Rachel Reis, Luana Flores, Papisa ou Cabezadenego.
O programa da convenção diurna, no Beato, será apresentado mais tarde, no entanto os bilhetes para os dois momentos do MIL já se encontram à venda online. O ingresso diário nos concertos custa 20€, enquanto o passe para os três dias do festival sobe para 30€; o mesmo que custam os bilhetes para a convenção (com 50% de desconto para estudantes). Há ainda um passe profissional, avaliado em 70€, que dá acesso ao festival e à convenção, além de garantir entrada prioritária nos espectáculos.
Vários locais (Lisboa). 25-27 Set (Qui-Sáb). 20€-70€