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A ideia de construir uma ponte entre a Sicília e a Itália continental existe há muito tempo. Mesmo muito tempo. Aparentemente, os romanos foram os primeiros a lançar a ideia há milhares de anos, sugerindo que uma ponte de barcos e barris poderia ser uma forma de ligar o que entretanto, com o advento do futebol, ficou conhecido como o “pé” de Itália e a sua “bola”.
Ao longo dos tempos, a ideia de uma ponte foi sugerida muitas outras vezes. E quase se concretizou em 2009, tentativa que acabou por ser cancelada em 2013. No entanto, parece que agora, de forma empolgante, a ponte vai mesmo ser construída.
A Itália continental e a Sicília estão separadas pelo Estreito de Messina, um corpo de água que liga o mar Jónico, a sul, ao mar Tirreno, a norte. No seu ponto mais apertado, o estreito tem 3,1 quilómetros de largura, com a cidade portuária de Messina no lado siciliano e a cidade calabresa de Villa San Giovanni no lado continental.
A nova ponte foi aprovada pelo governo em Janeiro e, uma vez concluída, será a ponte suspensa mais longa do mundo, com 3600 metros de comprimento. Além disso, o seu design significa que, teoricamente, poderá resistir a um terramoto de magnitude 7,5 e a ventos de 300 quilómetros por hora.
Esta semana, a empresa construtora da ponte, a Società Stretto di Messina, e a Agência de Execução relativa ao Clima, às Infra-estruturas e ao Ambiente da Comissão Europeia assinaram uma nova proposta de financiamento que prevê que a UE cubra 50% dos custos da execução do projecto da infra-estrutura ferroviária (cerca de 25 milhões de euros). Os estaleiros de construção deverão ser criados até ao final de 2024. O custo total? Está estimado em cerca de 4,6 mil milhões de euros.
Parece tudo muito emocionante, certo? Mas apesar de estarmos entusiasmados com o facto de a Sicília se tornar muito mais acessível (especialmente de comboio), a ponte dificilmente será construída da noite para o dia. As autoridades sugeriram que não estará concluída antes da década de 2030.
Até lá, terá de se deslocar entre à moda antiga. O avião e o ferry são as formas mais comuns de atravessar o Estreito de Messina, embora também seja possível apanhar um comboio da Sicília directamente para Roma e Nápoles, que embarca no seu próprio ferry.
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