[title]
Protecção, prosperidade e o bem-comum. É em torno destes valores e princípios que a sociedade japonesa se mobiliza através de diferentes celebrações, como as purificações de Ano Novo, os cultos de fertilidade ou as oferendas do festival dos mortos. Inaugurada esta quinta-feira e patente até ao final do ano, “Japão: Festas e Rituais” – que se associa às comemorações dos 480 anos de amizade entre Japão e Portugal – dá a conhecer essas festividades e o seu papel na sociedade japonesa, na sua forma de conceber o mundo, o lugar do indivíduo e a relação com a comunidade.
Partindo dos princípios do Xintoísmo – autóctone do Japão e baseado no antigo culto dos espíritos kami – e do Budismo – originário da Índia –, a exposição convida a um périplo pelo calendário das celebrações anuais. Com momentos solenes e outros de puro divertimento, tão variados quanto populares, todas assentam na importância do ritual, quer em santuários e templos, quer no espaço doméstico, tanto em comunidades rurais como nas metrópoles. É através destas práticas que se presta tributo às divindades e se assegura a harmonia entre homens e natureza.
Ao todo, são mais de 1500 peças, do acervo da Fundação Oriente, em exposição pela primeira vez e espalhadas por cerca de quatro núcleos – Amaterasu (a deusa do sol e do universo), Xintoísmo, Budismo e Divindades. Entre objectos devocionais e testemunhos contemporâneos, encontram-se, por exemplo, desde pequenas estátuas (como uma figura de imperatriz para o altar da Hinamatsuri, mais conhecida como Festa das Raparigas), gravuras (como A Origem de Iwato Kagura, de Utagawa Kunisada [Toyokuni III]) e recriações de altares e espaços de culto, até fotografias, vídeos e instalações multimédia.
Em paralelo, há programação para famílias e crianças. Por exemplo, no próximo domingo, 21 de Maio, às 11.30, a visita “Em Conversa com as peças: Inari e Kitsune” (4,50€) dá a conhecer aos mais novos as Kitsune – raposas protectoras dos santuários, florestas e aldeias – e as companheiras de Inari, a deusa da fertilidade. Mas, atenção, há mais propostas. Destacamos o ateliê para bebés até aos 12 meses, “Kintaro – Um Filho de Ouro” (4,50€), e a hora do conto “O Sol e a Lua. A História de Dois Irmãos” (6€), previstos para o primeiro fim-de-semana de Junho, dias 3 e 4 respectivamente.
Museu do Oriente. Ter-Dom 10.00-18.00. 6€
+ A madeira e a poeira chegam ao CCB pelas mãos de Fernanda Fragateiro
+ Vem aí mais um Santo António à la Time Out – e o cartaz de restaurantes está melhor que nunca