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Esta festa junta literatura, música e um interesse particular pelo meio ambiente

A ideia é juntar pessoas dispostas a ler e a conversar sobre um mesmo tema. E, porque leitura não tem de ser sinónimo de silêncio, há banda sonora.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
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Fotografia: Mariana Valle Lima | ‘Plasticus Maritimus’, de Ana Pêgo, é uma das leituras sugeridas para esta Reading Party
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O conceito não é novo. As chamadas “festas de leitura” – um conceito que tem feito muito sucesso lá fora, nomeadamente nos bares nova-iorquinos – já tinham chegado a Lisboa, com eventos em espaços como o café-livraria Fable e a Livraria Snob, no Príncipe Real, mas desta vez a proposta é ligeiramente diferente. A ideia não é só juntar pessoas a ler debaixo do mesmo tecto, é juntar leitores com um interesse em comum, neste caso o meio ambiente. Com curadoria de Rita Saias, do clube do livro Politicamente Correto, a iniciativa faz parte da programação da terceira edição da Cidade do Zero, que arranca no próximo dia 14 de Setembro, no Instituto Superior de Agronomia.

O evento, que também acontece no dia 14, sábado, pelas 17.00, conta com a parceria da Wook, que está a oferecer descontos nos livros seleccionados por Rita, tanto na versão em papel como na versão digital. Entre as 18 obras sugeridas, uma selecção para diferentes faixas etárias, destacam-se, por exemplo, Tasmânia de Paolo Giordano, O Livro do Clima de Greta Thunberg, Desobediência Civil de Henry David Thoreau, Vida Lixo Zero de Ana Milhazes e Plasticus Maritimus de Ana Pêgo. Mas, afinal, como é que vai funcionar?

Nesta Reading Party, a música marcará o compasso. Os participantes vão ter 30 minutos para lerem e, quando a música começar, têm mais 30 minutos para conversarem sobre a sua leitura com o maior número de pessoas possível. A banda sonora estará a cargo da convidada Mafalda Nunes, curadora musical e directora criativa do Sequin Fight Club. 

“Não basta conversarmos com as nossas bolhas e os algoritmos que replicam as nossas próprias ideias, já preconcebidas. É preciso ler e aprender, é preciso furar as bolhas e falar com pessoas diferentes de nós, criar massa crítica e empatia. Só assim podemos combater o populismo e a demagogia e criar uma visão comum de sociedade que sustente a democracia”, alerta Rita Saias, citada em comunicado. “A leitura e o diálogo são actos de auto-cuidado, mas também de construção social. Porque não celebrá-los numa festa?”

Instituto Superior de Agronomia. 14 Set, Sáb 17.00-18.00. Entrada livre

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