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A oposição de Júpiter ao Sol é um fenómeno bastante comum – ocorre a cada 13 meses –, mas na noite desta segunda-feira, 26 de Setembro, o planeta fará também a sua maior aproximação à Terra dos últimos 59 anos. Estará a aproximadamente 590 milhões de quilómetros, mais ou menos à mesma distância que estava em 1963. E parecerá maior e mais brilhante. Ainda assim, o melhor é arranjar uns bons binóculos e uma vista desimpedida.
As observações desta noite vão ser extraordinárias porque a maior aproximação de Júpiter à Terra raramente coincide com o fenómeno de oposição ao Sol. Do ponto de vista da superfície da Terra, a oposição acontece quando um objecto astronómico nasce a Este exactamente quando o Sol se põe a Oeste, colocando o objecto e o Sol em lados opostos da Terra. No seu ponto mais distante, Júpiter fica a cerca de 965 milhões de quilómetros do nosso planeta (mais 1555 quilómetros do que estará na noite desta segunda-feira).
“Ao anoitecer, quando Júpiter fica visível, parece uma super estrela. Mas desta vez, se o observarmos com binóculos ou através de um telescópio, vai parecer ligeiramente maior do que há quatro ou cinco meses”, diz-nos ao telefone Ricardo Reis, do grupo de comunicação de ciência do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto. “A olho nu, a diferença é muito pequena”, avisa. “Felizmente, continua bem longe, porque se estivesse mais próximo, a sua gravidade teria influências desastrosas na Terra.”
O melhor será arranjar uns bons binóculos, até porque é a única forma de conseguir ver as Luas de Galileu (Io, Europa, Ganimedes e Calisto), as quatro maiores luas de Júpiter descobertas por Galileu Galilei em Dezembro de 1609. Já para ver a Grande Mancha de Vermelha de Júpiter será preciso um telescópio de quatro polegadas ou mais e alguns filtros na gama verde e azul – a recomendação é do astrofísico Adam Kobelski, investigador do Centro de Voo Espacial Marshall da NASA em Huntsville, no estado norte-americano do Alabama.
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