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Quando passamos na Rua de Santa Marta, não identificamos imediatamente o que é. O espaço é grande e moderno e, à entrada, salta à vista uma enorme pedra. É quando entramos que se dissipam as dúvidas. De portas abertas desde Janeiro, o Descalabro é quer dar a provar pratos irreverentes, em que se destacam os sabores tradicionais portugueses.
Abrir um restaurante na cidade já estava nos planos de Bernardo e Jorge Santos há algum tempo. Em 2020, ainda sem um conceito definido, a ideia saiu do papel. “Tínhamos algumas ideias e, depois, consoante o espaço, consoante o momento, íamos aprofundar e, quando surgiu este sítio, foi um achado mesmo, gostámos. Foi amor à primeira vista”, começa por contar Bernardo, durante um almoço.
O nome surgiu naturalmente numa conversa entre Bernardo e a namorada. Depois de uma longa lista não dar em nada, a namorada do co-proprietário virou-se para ele e disse “a escolha de nome está a ser um descalabro” e assim ficou. Antes de chegarmos à zona das mesas, de um lado e de outro, recebe-nos o bar, que é complementado por uma grande pedra pousada no chão, no centro da entrada. Não é meramente decorativa, mas procura trazer uma certa rusticidade ao espaço, que pontua pelo minimalismo e contemporaneidade. A estética moderna prolonga-se ao terraço, onde há por ocupar muitas mesas.
Da cozinha, aberta ao restaurante, saem pratos igualmente contemporâneos. A carta contempla criações que vão buscar inspiração à comida tradicional portuguesa, mas com um twist. “Tinha que ser comida portuguesa, mais para o moderno, não muito tradicional, não muito contemporâneo, mas uma coisa moderna, em que as pessoas pudessem vir comer bem”, continua. Para os dois sócios, no que toca à comida, uma das coisas mais importantes prende-se com a origem dos produtos. “Nós estamos a tentar, não é 100%, mas estamos a tentar ao máximo trabalhar só com produtos e ingredientes portugueses. É um caminho que queremos fazer, tentar ser os mais sazonais possíveis.”
Para começar, como entradas, as opções vão desde o creme à Descalabro (2,50€), de chouriço e cereja, com pão a acompanhar, e a trouxinha de rabo de boi (4€ a unidade), aos espargos grelhados com molho de amêndoa e raspa de gema curada (9€) e polvo com espuma de chouriço (11€).
Nos pratos principais, destacam-se o arroz malandrinho de bacalhau com camarão (15€), o skirt steak de vitela maronesa DOP (16€), raça autóctone portuguesa, e ainda as presas com migas de broa, farinheira e brócolos (18€).
As três sobremesas encerram a carta: mousse de chocolate com gel de framboesa e crocante de amendoim e chocapic (6€), pudim abade priscos com caramelo salgado e crocante de corn flakes (6€) e tarte de limão com merengue de hibisco (6€).
Bernardo que, além de co-proprietário, se divide entre o bar e a sala, confessa que ainda ficam detalhes por afinar, quer seja ao nível de horários e do menu, quer seja ao nível do espaço. Mas, uma coisa é certa, o Descalabro quer primar pela diferença.
Rua de Santa Marta 45B. 926 402 165. Ter-Qui 12.00-15.00 e 18.30-22.30, Sex-Sáb 12.00-15.00 e 18.30-23.00
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