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Num campeonato tão concorrido fica cada vez mais difícil marcar a diferença. Mesmo assim, Salvador e Sebastião Gallego arriscaram e na pandemia deram forma ao DAO, um serviço de sushi ao domicílio que se quer distinguir pela frescura do peixe, mas também pela imagem e pelo packaging.
A história do DAO conta-se passo a passo, num ritmo sem pressas – não é por acaso que só se dão a conhecer agora, apesar de já andarem nisto há algum tempo. Não querem crescer demasiado e perder a mão, não arriscam que a frescura do peixe se possa perder de alguma forma.
“Temos o maior cuidado no fornecimento de peixe, é a nossa matéria-prima base, dependemos disso”, diz Salvador Gallego. “Não queremos perder qualidade e por isso não avançámos logo com a comunicação, optámos pelo boca-a-boca.”
A precaução, no entanto, esconde uma ligação maior e de longa data a esta cozinha. Ainda miúdos, os dois irmãos chegaram a trabalhar num restaurante japonês ao lado de casa, numa altura em que o sushi ainda não se tinha massificado. “Adorávamos a cozinha japonesa”, conta Sebastião, que acabou a especializar-se em sushi. De o preparar para amigos e família a tornar-se chef privado foi um ápice. “Mas com a pandemia deixei de fazer isso.”
E assim nascia a ideia de criar um serviço de sushi ao domicílio com loja nas Laranjeiras, o mais central para o raio de entregas, que se estende por oito quilómetros. “Como já tinha muitos clientes foi fácil arrancar e criar movimento na marca”, diz Sebastião.
“Agora temos uma equipa há quatro meses, já está oleado”, acrescenta Salvador, explicando o momento de se darem a conhecer.
Para encomendar, através de site próprio, não tem muito que enganar. O menu não é extenso nem há grandes invenções à volta do sushi – mais uma vez, os irmãos lembram que o foco está no peixe fresco. Bom sushi sem alaridos. "Queremos marcar pela diferença", explica Salvador, referindo-se também ao cuidado que mantêm na apresentação e no packaging da comida, com um design simples, mas prático na hora de comer.
Nos menus há quatro opções, que podem incluir hosomakis, gunkans, nigiris e sashimi. Há o menu de 16 peças de salmão (15,60€), o DAO com 18 (17,20€) ou 26 peças (22,50€) e menu três peixes com 19 peças (22,50€).
É possível pedir temakis e outras peças à parte, mas há também extras como tártaro de salmão (8€), tempura da gambas (6,5€), gyosas de frango e vegetais (4€), sopa miso (3€) ou até mesmo um poké com salmão (12€).
O preço, acreditam, coloca o DAO num patamar médio. Não é o mais barato do mercado, mas também não é o mais caro. “É um preço que nos deixa confortáveis, que nos permite trabalhar com uma matéria-prima boa”, esclarece Salvador, que conta em breve ter uma opção de noodles para aqueles que não gostam de sushi. “Às vezes acontece em grupo, há uma pessoa que não gosta, queremos ter uma opção, mas nunca vamos fugir muito daqui, o negócio é o sushi.”
Por agora, ainda não há sobremesa disponível no site, mas é uma questão de tempo até que a tarte de amêndoa, gulosa e crocante, feita pela mãe, seja uma opção.
Rua Tomás da Fonseca 21 C, Loja 4 (Laranjeiras). Qua-Dom 18.00-22.00
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