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Este sábado, marchar, marchar

Escrito por
Clara Silva
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Bandeiras arco-íris voltam a encher a cidade no sábado. É a 19ª edição da Marcha do Orgulho LGBTI+ e o ponto de encontro é o Jardim do Príncipe Real. Damos-lhe boas razões para desfilar.

A marcha mudou de nome. Em vez de Marcha do Orgulho LGBT, passou este ano a chamar-se Marcha do Orgulho LGBTI+, de forma a “abraçar a inclusão e a representatividade das pessoas intersexo”, explica a organização. Tal como nos anos anteriores, a marcha é organizada por um conjunto de associações, núcleos estudantis e colectivos informais que se juntam no Príncipe Real (o encontro está marcado para sábado às 17.00), para desfilar pelas ruas da cidade até à Ribeira das Naus.

Depois disso, a festa continua noite dentro no Rive-Rouge – mas já lá vamos, que ainda nem começámos a desfilar.

A 19ª edição da marcha tem como lema “Saúde das Pessoas Trans, Autodeterminação e Respeito – Medicina sem Preconceito”, sublinha Alice Azevedo, da organização. “Pretende [desta maneira] sensibilizar Lisboa e o país para o facto de ainda se verificar muito por fazer no que toca à saúde sexual das pessoas trans e intersexo no âmbito do Serviço Nacional de Saúde”, explica a organização, salientando uma “persistência de uma discriminação estrutural à comunidade LGBTI+”. A marcha deste ano quer chamar a atenção dos “decisores políticos para a necessidade de atribuir integralmente a autodeterminação da identidade de género a todas as pessoas, emancipando-as da decisão arbitrária de médicos”, afirmam. Promete ainda não “deixar esquecidas as pessoas que não puderam dar sangue por serem LGBTI+”.

O ano passado o desfile coincidiu com um dos dias mais quentes do ano – e nem isso deixou de colorir a cidade com a bandeira arco-íris. Este ano esperam-se novamente centenas de pessoas nas ruas e há quem combine encontrar-se mais cedo, a partir das 14.00, para um veganique (um piquenique vegan) no Jardim do Príncipe Real. É aparecer – e levar comida.

A partir das 22.00, e já depois da marcha, a festa acontece dentro de portas, no Rive-Rouge. Varela, Call Me Mother e Afonso Peixoto são os nomes já confirmados no cartaz. A entrada é gratuita.

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