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O novo negócio da antiga Ferin não será focado nos livros, mas o espaço "terá uma área dedicada a livraria", declarou o vereador Diogo Moura, durante a 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, esta quarta-feira. A petição "Pela Salvaguarda da Livraria Ferin" levou a que um dos temas centrais do encontro fosse precisamente o futuro da casa fundada em 1840, ficando a saber-se que "já existe um novo contrato de arrendamento" para o espaço, mas desconhecendo-se, no entanto, qual a área de actividade do novo inquilino, de acordo com a agência Lusa.
Uma das preocupações elencadas na petição era a eventual descaracterização do espaço, perante a mudança de arrendatário. Mas sobre este ponto, o vereador responsável pelo programa Lojas com História esclareceu que, apesar da previsão de obras de melhoramento do espaço, a conservação e a preservação das suas características originais está assegurada. Como declarou em Janeiro o autarca à Time Out, "proteger depende muito da vontade do proprietário, mas, se a loja estiver inserida na Carta do Património, quando há aprovação do projecto de licenciamento, o proprietário ou o promotor da obra tem de respeitar o espaço". Ou seja, a Câmara Municipal de Lisboa "pode não salvaguardar o negócio, mas sim o espaço em si".
No caso da Ferin, os proprietários sempre estiveram "interessados em manter o espaço com as características que ele tem", declarou na altura Diogo Moura. Já a área de negócio não foi possível manter, tanto pela proximidade a outras livrarias concorrentes na zona, como pelas dívidas avultadas acumuladas durante anos pela Ferin. Através da RELI – Rede de Livrarias Independentes, foi lançado o convite a editores e livreiros para saber se algum grupo poderia estar interessado no espaço do Chiado e um deles terá manifestado interesse, não se chegando, no entanto, a fechar negócio, segundo declarou Diogo Moura na Assembleia Municipal.
A Ferin encerrou no final de 2023, depois de ter sido comprada pelo livreiro José Pinho, fundador das livrarias Ler Devagar, que morreu no ano passado. Desde o seu fecho, a autarquia diz ter acompanhado de perto o caso desta Loja Com História, prevendo a sua reabertura já há algumas semanas. Além da Ferin, em 2023, recorde-se, fecharam outros nove estabelecimentos com o selo Lojas com História.
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