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Festas de Lisboa trazem arraiais, marchas e um tributo a Variações com Conan Osiris

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Desocupe a sua agenda porque vai precisar de espaço (e de muita energia) para o que se segue. As Festas de Lisboa arrancam oficialmente no dia 1 de Junho e só nos vão deixar descansar lá para o final do mês: entre arraiais, concertos, teatro, cinema e um tributo a António Variações, pelas vozes de artistas como Conan Osiris, Manuela Azevedo e Lena D'Água.

As Festas de Lisboa arrancam bem lá no alto com um espectáculo de funambulismo, a arte circense de equilibrismo que consiste em caminhar sobre uma corda. Linhas Voadoras, da companhia Basinga, acontece na Alameda D. Afonso Henriques, às 19.30, logo no dia 1 de Junho.

A curtir todos os santos ajudam, mas nenhum ajuda tanto quanto Santo António. Bem populares ou alternativos, a decisão está nas suas mãos na hora de escolher o arraial popular, mas anote estas datas: Alcântara (1-30 Junho), Alvalade (7-16 Junho), Belém (1-29 Junho), Benfica (1-29 Junho), Campolide (1-16 Junho), Carnide (1-30 Junho), Misericórdia (1-30 Junho), Olivais (1-29 Junho), Mouraria (1-29 Junho), Parque das Nações (1-29 Junho) ou Graça (6-16 junho) são alguns dos bairros com bailaricos mais concorridos da cidade.

“Há milhares de pessoas envolvidas das associações de moradores, entidades privadas, colectividades, é o esforço constante destas pessoas que põem de pé todo este programa. Sem eles não se faz a festa”, disse Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na conferência de imprensa de apresentação das Festas de Lisboa.

As Marchas Populares estão na génese das Festas e são, desde sempre, um dos seus momentos altos. A tradição mantém-se e depois do desfile na Altice Arena, nos dias 7, 8 e 9 de Junho, é tempo de dar espectáculo na Avenida, a 12. É ao longo da Avenida que se mostram os figurinos, as danças e as canções de cada bairro com centenas de pessoas a assistir e a aplaudir o bailarico. Este ano, a Marcha Popular de Ribeira de Frades (Coimbra) é a convidada. Contra os outros bairros, marchar, marchar.

E não há como fugir aos famosos Casamentos de Santo António, que acontecem a 12 de Junho na Sé de Lisboa e Paços do Concelho, às 12.00. São 16 os casais lisboetas a celebrarem a boda – se quiser, pode ir atirar umas pétalas e um arrozinho em jeito de celebração.

©José Frade

E como já manda a tradição, haverá no Museu de Lisboa – Santo António uma Trezena em honra do santo casamenteiro de 1 a 13 de Junho. Ao longo desses dias, trocam-se as orações por um programa de 13 dias com concertos, visitas, percursos, um colóquio, uma exposição de tronos (8-30 Junho), e actividades para toda a família e de entrada gratuita, com direito a um concerto de encerramento com Alexandra, Maria da Fé e Lenita Gentil (reservas: servicoeducativo@museudelisboa.pt).

E no meio de tanta celebração, ainda há tempo e energia para apagar as velas do primeiro aniversário do LU.CA – Teatro Luís de Camões que comemora em simultâneo o Dia Mundial da Criança. São três dias de festa, de 31 de Maio a  2 de Junho, com teatro, oficinas, passeios e leituras encenadas.

De 8 a 10 de Junho, regressa o Lisboa Mistura, um evento musical e intercultural que celebra a música e as artes do mundo, e que este ano se muda para a Quinta das Conchas. Ao longo de três dias, músicos do Médio Oriente, da América do Norte e de África juntam-se para celebrar o encontro de comunidades com espectáculos de entrada gratuita. AL-QASAR , Akua Naru, DJ Ricardo Alves, África Negra e o projecto OPA - Oficina Portátil de Artes são alguns dos nomes que vai poder ver e ouvir no Lisboa Mistura.

Um dos pontos altos das Festas de Lisboa é a iniciativa Fado no Castelo. Combinam-se as vozes de duas artistas imperdíveis: Ana Moura, a 14, juntamente com o grupo de capella Sopa de Pedra, e Raquel Tavares acompanhada dos Gospel Collective, no dia 15.

A 8.ª edição do festival Coros de Verão volta a reunir coros de Portugal, Eslovénia, Espanha, Irlanda e Alemanha entre os dias 21 e 24 de Junho e decorre no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém e no seu caminho pedonal, nos Claustros do Mosteiro dos Jerónimos, no Museu da Marinha e no Jardim Vasco da Gama – sendo que nestes últimos os espectáculos acontecem todos a 23 de Junho. O destaque vai para a sessão de abertura com a estreia da obra da Linhagem, da autoria do compositor Eurico Carrapatoso, um espectáculo comemorativo dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães.

A 22 de Junho, a 12.ª edição do Com’Paço apresenta várias grupetas de bandas filarmónicas, empenhadas em animar zonas estratégicas da urbe como o Jardim da Estrela e o Largo Arco do Cego – só tem de escolher a zona mais conveniente para apanhar estas melodias para todos os gostos e feitios. O concerto de encerramento é na Alameda D. Afonso Henriques.

A festa de encerramento faz-se a 29 de Junho nos Jardins da Torre de Belém numa celebração da vida e obra de António Variações. Manuela Azevedo, Ana Bacalhau, Conan Osiris, Lena D'Água, Paulo Bragança e Selma Uamusse emprestam as suas vozes às músicas de Variações em arranjos inéditos com instrumentação sinfónica. Imagine, portanto, a Canção de Engate ao som de oboés ou O Corpo é que Paga com violinos e trompas.

Jorge Colombo

As ilustrações deste ano são da responsabilidade do lisboeta Jorge Colombo, que vive em Nova Iorque e ilustra regularmente publicações como a New Yorker ou a Granta. “Apanhámos o Jorge de férias em Lisboa e convidámo-lo a dar a sua visão de Lisboa, a visão de um emigrante no fundo”, explica Joana Gomes Cardoso, presidente da EGEAC. “As ilustrações dão um ar mais nostálgico de Lisboa, é uma perspectiva completamente diferente da que costumamos ter.”

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