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Festival Muscarium faz-se de distopias, rainhas e Tigerman

Em Setembro, o festival de artes performativas de Sintra abre as portas aos ensaios de novas criações, apresenta peças de teatro e conta com um concerto de Legendary Tigerman.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
O Rapto da Rainha Vitória
© Helena TomásO Rapto da Rainha Vitória
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O Muscarium – Festival de Artes Performativas em Sintra regressa entre 2 e 22 de Setembro. A 10.ª edição do festival, organizado pelo teatromosca, inclui residências artísticas, peças de teatro, workshops e concertos. 

Tal como nas edições anteriores, o Muscarium procura privilegiar a realização de residências artísticas e abre as salas de ensaios ao público de forma a dar a conhecer os processos de criação à comunidade. A 6 de Setembro, na Escola Secundária de Santa Maria, Projeto Ave é das primeiras obras a ser apresentada. Da autoria de Daiane Brito e Maria Torres, a peça passa-se num futuro distópico em que as mulheres servem de cobaia para um programa científico financiado por líderes religiosos ligados à extrema-direita. Urban Requiem, que sobe ao palco do AMAS – Auditório Municipal António Silva no dia 14, centra-se na multiplicidade de informações e estímulos com que vivemos no mundo. É de Ricardo Ambrózio em conjunto com o Collective Movement. 

Na Casa da Cultura de Lívio de Morais, a 20, a companhia de teatro portuense Visões Úteis apresenta Como Desenhar a Filha Nua, performance que cruza leitura, teatro e design para explorar a palavra como uma assombração e a criação como um problema. No dia seguinte, no Espaço Unidigrazz, quem abre as portas da sua sala de ensaio são Tristany Mundu e o colectivo Unidigrazz. Cidade à Volta da Cidade é um projecto de investigação que aborda temas como as experiências da diáspora e a dinâmica das áreas periféricas. 

Já fora das salas de ensaio, O Rapto da Rainha Vitória é apresentado pelo Teatro Estúdio Fontenova e encenado por José Maria Dias a 6 de Setembro. O espectáculo cria uma narrativa em torno de Fernando Pessoa, a Rainha Vitória e Paciência, a criada do cônsul português. A 21 e 22, Mário Trigo e Jaime Rocha assinam a encenação de Azzedine, no qual debatem sobre a guerra e as suas consequências. Ambos os espectáculos podem ser vistos no AMAS – Auditório Municipal António Silva. 

O Muscarium também se faz de música. A 13 de Setembro, The Legendary Tigerman, que dá a conhecer o seu mais recente álbum Zeitgeist, e Mitos actuam na Adega Viúva Gomes. Entre espectáculos, há ainda espaço para um workshop de teatro e dança, liderado por Rafael Barreto, no dia 14, e também para uma conferência que aborda a situação das estruturas artísticas no pós-pandemia. Esta realiza-se dia 9 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Todas as informações acerca do festival e dos bilhetes encontram-se no site do Muscarium.

Vários locais (Lisboa e Sintra). 2-22 Set. Vários horários. 0€-20€

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