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A Mouraria e a Graça já foram ligadas por um funicular que tornava bem mais fácil e rápido subir até àquela colina de Lisboa. A conexão aconteceu no final do século XIX, mas o serviço durou apenas alguns anos. Agora, Lisboa está a um ou dois meses de restabelecer este percurso, depois de um atraso considerável na obra, que foi dada como concluída em Setembro. Prevê-se, agora, que o equipamento comece a funcionar em Março, "o mais tardar em Abril", avançou ao jornal Público o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Filipe Anacoreta Correia.
Iniciado em 2016, o projecto da EMEL sofreu uma longa interrupção motivada por achados e escavações arqueológicos. Em Setembro do ano passado, a obra foi concluída, estando prevista até ao final de 2023 a operação do elevador pela Carris. Os planos mudaram e agora é a EMEL que vai assegurar a ligação desde a Rua dos Lagares até ao miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, em frente à Igreja da Graça. Como explicou Anacoreta Correia, este "é um processo que obriga a um conjunto de passos do ponto de vista regulamentar e de aprovações", constrangimentos esses que terão motivado o atraso.
O Funicular da Graça integra o Plano Geral de Acesso Suave e Assistido à Colina do Castelo, que inclui os elevadores de acesso ao castelo, Alfama (miradouro de Santa Luzia), às Escadinhas da Saúde e à zona da Sé. Será, assim, tal como os restantes, "um transporte onde há uma cobrança, mas quem tiver um passe Navegante poderá estar incluído na rede", assegura o autarca. Antevê-se, no entanto, "um período experimental" em que as pessoas poderão utilizar o equipamento gratuitamente.