Notícias

Guerra civil, primos e dragões: um guia para o regresso de ‘House of The Dragon’

‘House of The Dragon’ volta a 17 de Junho à Max, quase dois anos após a estreia desta prequela de ‘A Guerra dos Tronos’. À partida vale sempre a pena esperar.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
House of The Dragon
©DRHouse of The Dragon
Publicidade

No Verão de 2022, estreou House of The Dragon, prequela de A Guerra dos Tronos e mais uma adaptação dos romances épicos de George R. R. Martin, passados num mundo de fantasia dividido em dois continentes e sete reinos inspirados em tempos medievais. Dois anos depois – ou quase, já que o décimo e último episódio foi para o ar em Outubro de 2022 – estreia a segunda temporada de House of The Dragon, que chega à Max a 17 de Junho, um dia após a estreia nos Estados Unidos. Uma temporada que promete uma guerra civil entre duas facções rivais de Targaryens pretendentes ao Trono de Ferro.

Uma vez que já passou tanto tempo desde que terminou a temporada passada (nada a que A Guerra dos Tronos não nos tenha habituado), é recomendável uma nova visita aos primeiros dez episódios de House of The Dragon, no formato maratona. Mas tentamos dar aqui uma ajuda sobre o ponto da situação. O primeiro episódio de House of The Dragon arranca com uma crise de sucessão. Estamos no ano 101 do reinado da poderosa Dinastia Targaryen, no qual o rei Jaehaerys convoca o Grande Conselho para decidir a sua sucessão, uma vez que tem a saúde em declínio. Os filhos morreram, mas a decisão fica entre dois dos seus netos: a princesa Rhaenys (Eve Best), casada com Corlys Velaryon (Steve Toussaint), e o príncipe Viserys (Paddy Considine), que acaba por ser eleito futuro rei. Embora não fosse o herdeiro mais velho, a verdade é que ser homem lhe valeu mais votos. Seja como for, a decisão de resolver a crise dinástica ainda em vida evitou a guerra, prolongando por mais anos a paz que ao longo de várias décadas se vivia no reino.

Emma D’Arcy
©DREmma D’Arcy, em 'House of The Dragon'

Mas, ao longo desta primeira temporada, as tensões aumentaram e por motivos em muito semelhantes. Ora, Viserys também escolhe a sua sucessão, mas sozinho: a sua filha mais velha, Rhaenyra (Emma D’Arcy), a sentar-se no Trono de Ferro após a sua morte, filha do seu primeiro casamento com Aemma Aryn. Mas a sua segunda mulher, Alicent Hightower (Olivia Cooke) – filha de Otto (Rhys Ifans), a Mão do Rei – não vai ficar sentada enquanto vê o seu filho varão, Aegon (Tom Glynn-Carney), ser deixado para trás. E esta é a parte mais fácil de explicar.

As relações familiares são uma verdadeira salada russa de casamentos de familiares demasiado próximos, como é tradição dos Targaryen, para manter a linhagem o mais pura possível (coisa que nas antigas casas reais europeias também se praticava, ainda assim com mais comedimento, embora nem sempre). Por exemplo, Aegon entretanto casa--se com a irmã Helena e têm três filhos. E há outra peça fundamental no enredo: o tio da princesa Rhaenyra, Daemon (Matt Smith), com o qual acaba por se casar. Não sem antes se ter casado com o primo Laenor Velaryon (filho de Rhaenys, ver em cima) e ter três filhos com outro homem: os bastardos Jacaerys, Lucerys e Joffrey. Uma bastardia amplamente comentada no reino, que lhe poderá dificultar as pretensões ao trono, aliado ao facto de ser mulher. Uma questão de sucessão que poderá, quem sabe mais para a frente, ser deixada para trás após o casamento com o tio Daemon. Que, por sua vez, tem duas filhas da sua falecida mulher Laena, irmã de Laenor. Pronto.

House of The Dragon
©DRHouse of The Dragon

O caldo fica mesmo entornado quando o rei Viserys morre. Forjam-se novas alianças e arranca a disputa entre as duas facções: o Conselho Negro, de Rhaenyra; e o Conselho Verde, de Aegon. Ambos foram coroados Rei dos Sete Reinos pelos seus apoiantes, há uma corrida ao apoio dos diferentes reis que prestam vassalagem aos Targaryen… e todos os pretendentes têm dragões. A segunda temporada terá apenas oito episódios. Em Março foram divulgados dois trailers em simultâneo, o Verde e o Negro, que reflectem duas perspectivas da mesma história, desafiando o público a escolher um lado na guerra civil que se aproxima. Tal como na adaptação da série de livros As Crónicas de Gelo e Fogo que deram origem à série de televisão A Guerra dos Tronos, há quem prefira ceder à tentação de consultar a matéria-prima original, mas é sabido que nem tudo poderá decorrer da mesma forma.

Em declarações à Entertainment Weekly, Olivia Cooke sugere que se espere o pior desta nova temporada. “Esperar o pior possível e depois duplicá-lo. Não sei que mais dizer sem estragar tudo, mas é hediondo”. Correm rumores que se poderá tratar de algo relacionado com dois assassinos dos livros, uma dupla que dá pelo nome de Blood and Cheese (Sangue e Queijo). Também o criador desta produção, Ryan J. Condal, sublinha o aviso: “As Crónicas de Gelo e Fogo e A Guerra dos Tronos habituaram as pessoas a esperar o inesperado e o horrível”. À mesma publicação, Condal diz que esta temporada “é a marcha para a guerra”. “É realmente uma guerra fria, porque cada um dos lados está a tentar conquistar o trono para si próprio sem chegar a uma guerra de dragões. Fazemo-lo através de conspirações, traições, assassinatos, jogos de espionagem e tudo o que se vê num thriller clássico da Guerra Fria de James Bond”, compara. E as imagens até agora divulgadas mostram-nos que vamos ver mais cenários de Westeros, inclusive até à Muralha de Gelo.

Além dos personagens que sobreviveram à primeira temporada, estão confirmadas as seguintes entradas no elenco, assim como os respectivos papéis: Abubakar Salim (Napoleão) como Alyn of Hull; Gayle Rankin (GLOW) como Alys Rivers; Freddie Fox (Slow Horses) como Ser Gwayne Hightower; Simon Russell Beale (A Morte de Estaline) como Ser Simon Strong; Clinton Liberty (Normal People) como Addam of Hull; Jamie Kenna (Coronation Street) como Ser Alfred Broome; Kieran Bew (Warrior) como Hugh; Tom Bennett (After Life) como Ulf; Tom Taylor (A Torre Negra) como Lord Cregan Stark; e Vincent Regan (Aquaman e o Reino Perdido) como Ser Rickard Thorne.

Do mesmo universo, está também a caminho da Max mais uma adaptação dos livros de George R. R. Martin, a série A Knight of the Seven Kingdoms: The Hedge Knight, que parte do primeiro livro da trilogia Contos de Dunk e Egg. A acção tem lugar cerca de 100 anos antes de A Guerra dos Tronos e acompanha Sor Duncan (Peter Claffey) e o seu pequeno escudeiro Egg (Dexter Sol Ansell), alcunha do futuro rei Aegon V, bisavô de Daenerys Targaryen. A data de estreia ainda não está confirmada.

Max. Estreia a 17 de Junho (T2)

Siga o novo canal da Time Out Lisboa no Whatsapp

+ Amandla Stenberg: “A Madeira é capaz de ser o sítio mais bonito que já visitei”

Últimas notícias

    Publicidade