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Gulbenkian anuncia novo ciclo de vida com várias iniciativas inéditas

A Fundação Gulbenkian antecipa a renovação do Centro de Arte Moderna, com dois novos directores. Mas não só.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Sala Lalique
Fotografia: Gabriell Vieira
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As obras de renovação do jardim Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna (CAM) começaram esta segunda-feira, 17 de Abril. Em conferência de imprensa, a presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, antecipou a nova estratégia da Fundação para o futuro, que inclui a nomeação de dois novos directores: António Pimentel, antigo director do Museu Nacional de Arte Antiga, fica à frente do Museu Calouste Gulbenkian; e o francês Benjamin Weil, curador, crítico de arte e ex-director artístico do Centro Botín, é agora responsável pelo CAM.

“É interessante pensar como o jardim vai ser acrescentado, como vai alterar a forma como as pessoas se relacionam com o museu. Andar pelo jardim vai colocá-las noutra experiência”, assegurou Benjamin Weil, o novo director do CAM, que se encontra actualmente encerrado para obras. O projecto do arquitecto japonês Kengo Kuma, que deverá estar pronto dentro de 12 a 18 meses e conta com intervenção paisagística de Vladimir Djurovic, tem em consideração a ampliação do jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que se vai alargar “até à Rua Marquês de Fronteira”.

Antes, o Museu Gulbenkian reabre ao público a renovada Sala Lalique, ponto alto da programação do Dia Internacional dos Museus, que se celebra já esta terça-feira, 18 de Maio, com entrada gratuita. Das cerca de duas centenas de peças do mestre vidreiro e joalheiro francês, adquiridas por Calouste Gulbenkian, foram seleccionadas 77 obras, dispostas em diferentes núcleos expositivos que valorizam e sublinham os principais temas do artista: a natureza exuberante recriada através de materiais inesperados, a representação da figura feminina e as suas múltiplas metamorfoses.

Sala Lalique
Fotografia: Gabriell Vieira

Ainda no âmbito do Dia Internacional dos Museus, poderá contar com a apresentação pública (18 de Maio, 15.30-17.30) do catálogo digital História das Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, que reúne toda a memória das exposições de arte da Fundação Gulbenkian realizadas entre 1957 e 2016. Trata-se de um projecto pioneiro que envolveu o estudo, digitalização e inventariação da actividade expositiva da Fundação Calouste ao longo de quase seis décadas.

Entre as exposições temporárias para os próximos meses, destaca-se “Tudo O Que Eu Quero”, uma mostra de 200 obras de mulheres artistas portuguesas, que inaugura a 2 de Junho. Com curadoria de Helena de Freitas e Bruno Marchand, a proposta, que estava inicialmente pensada para o Palácio das Belas-Artes de Bruxelas, insere-se na programação da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Mais tarde, de 24 de Junho a 4 de Julho, irá realizar-se a iniciativa P de Dança, comissariada por João Santos Martins, com 19 criações de dança contemporânea, algumas inéditas.

O novo director do Museu Calouste Gulbenkian, António Filipe Pimentel, antecipou ainda as comemorações dos 700 anos de Dante, com “Visões de Dante – o Inferno segundo Botticelli”, que irá incluir dois desenhos de Botticelli dos arquivos do Vaticano. A mostra, que deverá arrancar em Setembro, contará também com uma peça contemporânea de Rui Chafes e uma peça da colecção das jóias Lalique. Em 2022, prevê-se a apresentação da “maior exposição alguma vez feita em Portugal sobre egiptologia”, no quadro da comemoração dos 100 anos da descoberta do túmulo do faraó Tutancámon, por Howard Carter, no Egipto.

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