[title]
Há quem tenha o dom para contar histórias, reais ou não. E depois há quem tenha a capacidade nata para as ouvir, até porque vivemos rodeados delas. A Gulbenkian fez das suas e no dia 26 de Outubro enche-se de histórias contadas pelo cinema, televisão, livros, jogos e até videoclips. E nem mesmo a série A Guerra dos Tronos ficou de fora neste O Fascínio pelas Histórias.
O programa é extenso e vai precisar de se organizar para poder deitar o olho a tudo. A Fundação vai repartir os debates, as conversas, as leituras e o cinema por diferentes salas: a Salas das Ideias, da Literatura, dos Filmes, dos Lugares Imaginários e das Viagens do Tempo, das Biografias, do Jornalismo e da História, das Séries, dos Novos Media e das Narrativas futuras.
É no Grande Auditório que o grande e o pequeno ecrã se unem numa só sala para, a partir do 12.00, projectar Fahrenheit 451, de François Truffaut (1966), Blade Runner, de Ridley Scott (1982), às 14.30, e Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve (2017), às 16.45. Uma pausa para passar ao registo documental com O Fascínio das Histórias, documentário de Nuno Artur Silva, realizado por António Botelho, coproduzido pela RTP e Fundação Calouste Gulbenkian (2019), às 20.00.
Mais tarde, a partir das 21.45, pode ver o primeiro episódio de Years and Years, série da HBO que o vai deixar com medo do futuro. Logo a seguir, num final apoteótico da noite, os fãs são chamados a rever (ou a ver pela primeira vez) o último episódio de A Guerra dos Tronos, às 23.15.
Na Sala das Ideias, e com moderação de Teresa Nicolau, decorrem conversas encabeçadas por Mário Cordeiro, sobe o tema As histórias e a construção da personalidade (14.30), seguida pela palestra As Mitologias Fundadoras, por José Pedro Serra (16.30) e Once upon a place, de Alberto Mangel (18.30), com um debate sobre a literatura contemporânea num mundo hipertecnológico.
A Sala dos Filmes é outra onde se discute a 7.ª arte, mais propriamente o tempo no cinema, na filosofia e na física. Às 14.30, João Lopes e Joaquim Sapinho discutem as Matrizes narrativas do cinema, e logo a seguir, às 16.30, Pedro Mexia põe em cima da mesa o Tempo no Cinema. Para terminar as intervenções na sala, Manuel S. Fonseca conta-nos Histórias que os filmes não confirmam nem desmentem, antes pelo contrário, às 18.30.
Na Sala dos Lugares Imaginários e das Viagens no Tempo, com debates moderados por José Mário Silva, às 14.30, o tema da conversa é Lugares imaginários, por António Jorge Gonçalves, Cláudia Clemente e Filipe Melo. O Tempo na Física e na Filosofia, por António Castro Caeiro e João Magueijo, acontece às 16.30 e, às 18.30, Edgar Pêra, Filipe Homem Fonseca e José Vegar dicutem Utopias e Distopias.
No campo da literatura, Isabel Lucas modera as conversas lideradas por Hélia Correia, Mário de Carvalho e Rui Zink – O caso português: Uma cultura não narrativa? –; Os melhores inícios de romances, por Isabel Abreu e João Reis; e A situação contemporânea do romance, por Afonso Cruz, Dulce Maria Cardoso e Rui Cardoso Martins.
Miguel Ribeiro modera as conversas na Sala das Biografias, do Jornalismo e da História com conversas sobre Biografias: entre a História e o romance, por Filipa Martins, Joaquim Vieira e Paulo Miranda (14.30). O sentido da vida é uma história? é discutido por Miguel Gonçalves Mendes, Patrícia Reis e Rui Rocha Martins (16.30) e, por fim, A Verdade e a Mentira no Jornalismo e na História, por Cândida Pinto, José Neves e Paulo Pena (18.30).
Na Sala das Séries, dos Novos Media e das Narrativas Futuras, a apresentadora Inês Lopes Gonçalves entra em acção para moderar debates sobre os argumentos de séries televisivas, com Patrícia Muller, Pedro Boucherie Mendes e Susana Romana (14.30). Os videojogos e as suas histórias estão no centro da discussão com Filipe Duarte Pina, Ivan Barroso e Pedro Moura (16.30), e os videoclips são discutidos por João Lopes e Nuno Galopim.
+ Câmara de Lisboa fez as contas para 2020: mais casas, árvores, bicicletas e ciclovias