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Gulbenkian em 2025: Paula Rego, arte britânica e uma ponte com o Brasil

Entre o CAM e o edifício da sede, a Gulbenkian já fechou a agenda de exposições para o próximo ano. As primeiras inaugurações estão marcadas para 22 de Fevereiro.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Centro de Arte Moderna Gulbenkian
Fernando GuerraCentro de Arte Moderna Gulbenkian
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Estamos naquela altura do calendário em que as grandes instituições culturais da cidade aproveitam para divulgar o programa de festas para o ano seguinte. Depois de o MAAT ter anunciado uma dezena de exposições para 2025 e de o MAC/CCB ter apresentado os seus planos para os próximos 12 meses, eis que a Gulbenkian também declara as suas intenções no que toca ao programa expositivo do ano que está prestes a começar.

Com inauguração marcada para 14 de Março, "Arte Britânica. Ponto de Fuga" ocupará a galeria principal do edifício sede, com curadoria de Ana Vasconcelos, do Centro de Arte Moderna, e da Rita Lougares, do MAC/CCB, já que a exposição junta os acervos de ambos os museus. Sob o mesmo tecto, apresentar mais de uma centena de obras de alguns dos grandes mestres britânicos do século XX – incluindo Antony Gormley, Bridget Riley, David Bomberg, David Hockney, Francis Bacon, Frank Auerbach ou Rachel Whiteread –, mas não só. Incluído estará também um conjunto de artistas nacionais, com destaque para Paula Rego, Eduardo Batarda, Graça Pereira Coutinho e Rui Sanches, que em diferentes períodos das suas carreiras passaram por Londres.

Paula Rego é, na verdade, uma artista em foco. A 11 de Abril, inaugura "Paula Rego e Adriana Varejão. Entre os vossos dentes" na galeria principal do CAM, com cerca de 80 obras de ambas as artistas colocadas num "diálogo inédito", numa valorização dos eixos comuns aos dois percursos artísticos, com destaque para a violência. "O ponto de partida é a pintura A Primeira Missa no Brasil, de Paula Rego, uma obra realizada em 1993, raramente exibida, pertencente a uma colecção particular inglesa", lê-se ainda no comunicado divulgado esta segunda-feira, pela Gulbenkian.

Em Novembro, as duas galerias da sede acolhem uma exposição que "procura problematizar as relações seculares entre o Brasil e Portugal". Para isso, serão expostas obras de arte, vídeos, peças musicais e documentos. "Experimento Brasil" é o título provisório.

Anunciadas as grandes mostras colectivas, o programa abre espaço para exposições individuais. Em Outubro, Carlos Bunga sucede a Leonor Antunes, com "carta branca" para ocupar a grande galeria do CAM. Mas muito antes disso, com inauguração já a 22 de Fevereiro, Julianknxx chega ao Espaço Engawa com Coro em Memória de um Voo. A instalação é resultado das colaborações criativas que o artista, natural de Serra Leoa, desenvolveu em nove cidades da Europa e apresenta o canto e a música como forma de resistência. Um projecto encomendado pelo Barbican Centre, em Londres.

Outros nomes se juntam ao programa – Diana Policarpo, que até Fevereiro expõe no espaço Rialto6, a franco-argelina Zineb Sedira; Tristany Mundu, músico e produtor português de ascendência angolana; Mikhail Karikis, artista greco-britânico a viver em Lisboa; e ainda Francisca Rocha Gonçalves, que ocupa a Sala de Som do CAM com "Interferências no Tejo", de 22 de Fevereiro a 19 de Maio.

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