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A Fundação Calouste Gulbenkian adquiriu recentemente O Banho Turco (1960) e O Anjo (1998), duas pinturas emblemáticas de Paula Rego, que integram agora a colecção do Centro de Arte Moderna (CAM). O investimento permitiu consolidar a posição internacional da Gulbenkian como a instituição privada com o maior e mais significativo acervo da artista, num total de 35 obras.
“É uma grande felicidade para mim saber que dois dos meus quadros mais importantes vão viver na Gulbenkian”, diz Paula Rego, citada em comunicado. Segundo a Gulbenkian, a sua icónica pintura O Anjo reveste-se de uma enorme importância no contexto da produção da artista. “A própria pintora confessou tratar-se do trabalho que gostaria de levar para a sua última viagem”, lê-se na mesma nota da Fundação, evocando uma entrevista de Paula Rego ao jornal Público, em 2009.
Além de O Anjo, obra datada de 1998, a Fundação Calouste Gulbenkian adquiriu também O Banho Turco, de 1960, que antecipa “um dos temas que hoje agitam o mundo das artes, em Portugal e no mundo”: o feminismo e a representação da mulher. No verso da pintura, figura ainda um retrato de nu de Paula Rego, realizado pelo seu marido Victor Willing.
Estes quadros integram agora o acervo de Paula Rego na colecção do CAM, que é constituída por 35 obras, entre pintura, desenho e gravura, “reforçando a ligação histórica e os profundos laços profissionais e afectivos, que ligam a artista à Instituição desde que foi bolseira Gulbenkian nos anos 1960”.
Considerada recentemente uma das 25 mulheres mais influentes do mundo pelo Financial Times, Paula Rego foi objecto de uma grande retrospectiva em 2021, na Tate Britain, em Londres. A exposição encontra-se agora no Kunstmuseum Den Haag, nos Países Baixos, onde fica patente até 20 de Março. A partir de 26 de Abril, vai estar no Museo Picasso Málaga, em Espanha.
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