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A estreia mundial de Andy, a primeira criação de palco de Gus Van Sant, marcará, a 23 de Setembro, o arranque da Temporada 2021-2022 do Teatro Nacional D. Maria II. Inspirado na figura de Andy Warhol, o espectáculo de teatro musical, integrado na programação da BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas, poderá ser visto até 3 de Outubro.
Com texto, encenação, música e letras de Gus Van Sant, a peça reconstrói o passado de um Warhol em início de carreira, através de uma narrativa ficcional construída a partir de factos reais e de memórias, mas também com recurso à imaginação, tendo como pano de fundo o momento em que a cultura popular ganhou estatuto de arte.
Andy conta com uma equipa artística portuguesa, incluindo direcção musical de Paulo Furtado (The Legendary Tigerman). A actriz Edie Sedgwick, o escritor norte-americano Truman Capote ou o crítico de arte Clement Greenberg são algumas das personagens interpretadas por adolescentes e jovens actores – como Carolina Amaral, Diogo Fernandes, Helena Caldeira e Lucas Dutra – que, nesta descontextualização da idade, testam identidades.
Comissionado pela BoCA, o espectáculo, que procura reavivar a crença de estarmos juntos e formarmos um colectivo ou movimento com a força de transformar o mundo, conta com co-produção do Teatro Nacional D. Maria II, deSingel, Festival Romaeuropa, Onassis Foundation, Kampnagel, La Comédie de Reims e Teatro Calderón.
Paralelamente à estreia da peça, o Queer Lisboa, que este ano se realiza entre 17 e 25 de Setembro, vai fazer uma retrospectiva da obra do realizador norte-americano, um nome fulcral do new queer cinema do início da década de 90. O festival vai ainda dar-lhe carta branca para mostrar alguns filmes na Cinemateca Portuguesa, onde estará presente para uma conversa com o público.
Teatro Nacional D. Maria II, Sala Garrett. Praça D. Pedro V (Rossio). Qua-Sáb 19.00 e Dom 16.00. 9€-16€.
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